Cada mulher carrega consigo um significado para o 8 de Março

Publicado em: 08/03/2024
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Três mulheres sorrindo para a foto, sentadas, sendo uma branca de cabelos pretos compridos, usando blusa branca. A outra branca, de cabelos castanhos na altura do ombro, e a terceira, negra, de cabelos encaracolados usando óculos

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Na complexa e desafiante existência feminina, cada mulher tece uma história única… à medida que nos aproximamos do Dia Internacional da Mulher, além de celebrar as mulheres, é essencial compreender as diversas jornadas que elas percorrem e os papéis que desempenham na sociedade. Convidamos três mulheres para compartilharem suas experiências, revelando atitudes e caminhos percorridos cheios de significado e resiliência em suas vidas. Confira esse passeio pela experiência feminina de cada uma delas em texto e vídeo.

Mulher que concretiza sonhos – Antônia Helena

A jornada de Antônia Helena na magistratura é um testemunho inspirador de determinação e equilíbrio entre maternidade e carreira. Para ela, o caminho para se tornar juíza foi marcado por desafios e emoções intensas. “A magistratura chegou na minha vida meio que no susto”, confessa. Após duas tentativas frustradas em concursos anteriores, ela se viu diante da oportunidade de realizar seu sonho como profissional e, ao mesmo tempo, seguir a aventura deliciosa e profunda de se tornar mãe.

Mulher branca, de cabelos castanhos na altura do ombro, vestindo blusa preta e calças amarelas. Elas está sentada e ao fundo há uma parede de tijolinho amarelo

Antônia Helena

O nascimento de seu primeiro filho coincidiu, então, com sua participação no último e decisivo concurso para a magistratura, desafiando-a a conciliar os preparativos para a chegada do bebê com a preparação para as provas. Essa dualidade de emoções, entre a serenidade da maternidade e a intensidade do processo seletivo, acabou por fortalecê-la.

Com 30 anos de magistratura, ela reflete sobre a jornada compartilhada com seus filhos, que cresceram entre processos judiciais e audiências e o apoio inabalável de seu parceiro de vida. Com o tempo, ela também aprendeu que podia valorizar sua feminilidade, sem deixar de lado sua autonomia e liberdade de ser quem quisesse. “Ser mulher é ser doce, ser forte, superar dificuldades, sonhar, transformar sonhos em projetos, é viver todas as emoções que um ser humano pode ter de uma forma plena”, afirma.

Antonia compartilha como foi se ver e se redescobrir como mulher. “Ser mulher é muito desafiador para mim. Quando criança, me incomodava o fato de que ser mulher era limitador. Algumas brincadeiras não podiam, alguns amigos não caíam bem, e isso me incomodava bastante. Na juventude, eu ansiava por liberdade e autonomia, e isso para mim significava deixar a feminilidade de lado. Achava que essas características estavam ligadas ao masculino. Na fase adulta é que me veio a sensação de incompletude. Eu precisava assumir, valorizar e respeitar o meu lado feminino, e aí é que aprendi a equilibrar essas duas coisas. Não é fácil, nem sempre acontece, mas é a forma de eu conseguir ser quem eu realmente sou”.

Mulher que partilha – Polyana Christina
Mulher branca de cabelos pretos compridos e lisos, vestindo uma blusa branca

Polyana

Polyana Christina encontra significado em cada papel que desempenha, seja como filha, irmã, esposa, mãe ou advogada. Ela vê esses papéis como oportunidades para ser útil à sua família e à sociedade. “E eu fico bem feliz de comemorar o nosso dia”, celebra.

Ela ressalta a capacidade das mulheres de oferecerem suas perspectivas únicas e contribuírem para um mundo mais inclusivo e compassivo. Em meio às comemorações do Dia Internacional da Mulher, Polyana destaca a importância de reconhecer e valorizar o papel das mulheres em todas as esferas da vida.

Mulher que é resistência – Brenda

A história de Brenda é marcada pela resiliência diante das barreiras impostas pelo machismo e pelo racismo estrutural, muitas vezes sutis. Para ela, o dia a dia da mulher é permeado pela dupla jornada e pela necessidade de trabalhar duas vezes mais para provar sua capacidade.

Mulher negra, de cabelos encaracolados, usando blusa preta

Brenda

Brenda permanece firme em sua determinação de superar obstáculos e conquistar seu lugar nos espaços que historicamente lhe foram negados. “O racismo estrutural acaba moldando os nossos comportamentos, o nosso jeito de vestir, o nosso jeito de falar, de nos comportarmos nos ambientes, justamente para não sofrermos qualquer tipo de violência, sermos julgadas ”, ressalta.

Ela diz que sentiu dificuldades, desde criança, em se enxergar em diversos setores da sociedade, como na Justiça. “Eu não via pessoas iguais a mim, semelhantes a mim, nesses ambientes. Então, eu acho que tudo isso se constrói também no imaginário, no subconsciente, ou seja, se você não se vê, não se enxerga nesses ambientes, começa a achar que não é capaz, que você não merece estar lá”, afirma.

Assim, ela desafia os estereótipos e molda a sua própria narrativa, inspirando outros a questionarem e confrontarem as injustiças sistêmicas que perpetuam desigualdades. Para Brenda, ser mulher é resistir e se recusar a ser definida pelos limites impostos pela sociedade. Por outro lado, segundo ela, “ser mulher é também poder se expressar com muito mais liberdade, a gente pode sentir com mais liberdade, a gente não precisa reprimir os sentimentos e isso é muito valoroso”.

Nas vozes da Brenda, da Polyana e da Antônia Helena encontramos histórias e significados que ilustram a diversidade e a resiliência da experiência feminina.

Então, celebremos o Dia Internacional da Mulher neste 8 de março!

Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região

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