
Roberto Portela e as irmãs Sandra Ede e Maria Odete Pereira participaram da execução da videoaula para os professores da rede pública de ensino
Um vídeo educativo produzido pelo Programa Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo, ao Tráfico de Pessoas e de Proteção ao Trabalho do Migrante (Pete+) em Goiás e por integrantes da Rede Um Grito Pela Vida será exibido em escolas públicas do Estado como parte de uma iniciativa de prevenção ao tráfico de pessoas. O vídeo foi produzido com apoio do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO), que cedeu o estúdio do Programa de TV Hora Extra para as gravações. O roteiro do vídeo foi elaborado por Roberto Portela, integrante da Rede Um Grito Pela Vida.
Portela também é vice-presidente do Comitê Estadual de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo no Estado de Goiás (Comitrate-GO) e vice-coordenador da Pastoral dos Migrantes. Pelo trabalho desenvolvido nessas duas funções, ele vivencia de perto as dificuldades e dramas enfrentados por vítimas de tráfico de pessoas e migrantes.
Capacitação
O vídeo é voltado à capacitação de professores da rede pública de ensino, com o objetivo de prepará-los para tratar do tema em sala de aula, fortalecendo a rede de enfrentamento ao tráfico de pessoas. A produção audiovisual apresenta conceitos essenciais sobre o tráfico de pessoas, exemplos de formas de exploração — como tráfico para fins sexuais, trabalho escravo, casamentos forçados, adoção ilegal e remoção de órgãos — e dados sobre a realidade brasileira.
A apresentação do conteúdo conta com a participação do desembargador do TRT-GO Mário Bottazzo, um dos gestores do Pete+, e de integrantes da Rede Um Grito Pela Vida (GO).
Perfil das vítimas
No vídeo, a irmã Maria Odete Pereira, também da Rede Um Grito Pela Vida, traz dados que revelam o perfil das vítimas no Brasil: enquanto o tráfico interno atinge majoritariamente homens negros entre 18 e 29 anos, o tráfico internacional tem como principais vítimas mulheres (96%), especialmente em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Com linguagem acessível, o vídeo incorpora ainda trechos de campanhas desenvolvidas pela ONU Migração e pelo Conselho Nacional de Justiça, reforçando o papel da informação como ferramenta de proteção. São elas, as campanhas “Informar e Prevenir” e Brasil Sem Tráfico Humano.
Ao final, uma mensagem do Ministério dos Direitos Humanos divulga o Whatsapp de atendimento para denúncias de tráfico humano ou outras de violação de direitos humanos: (61) 99611-0100. Além disso, é possível também ligar de forma gratuita para o número 100 (Disque 100), que funciona 24 horas por dia, 7 dias da semana, inclusive feriados.
Distribuição de Cartilhas
A distribuição das revistas em quadrinhos Um país acolhedor! Migrações, Refúgio e Apatridia! e Um Sonho Perigoso também integra as ações de conscientização da gestão regional do Pete+, numa parceria com o Programa Trabalho Justiça e Cidadania (TJC) em escolas da rede pública de ensino. Produzidas pelo Instituto Maurício de Sousa, em parceria com o Ministério da Justiça, os gibis conscientizam a sociedade de maneira lúdica, em especial o público infanto-juvenil, sobre a inclusão de migrantes e o enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Mais informações sobre o Pete+ podem ser acessadas na página dedicada ao programa. Acesse, ainda, o perfil oficial da Rede Um Grito Pela Vida no Instagram (@redeumgritopelavida).
LB/WF
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