


Coordenador do Liods, juiz Platon Neto, com as facilitadoras Lara Nercessian e Laiza Garcia e os demais participantes da oficina
Dezoito servidores de diversas unidades da área judiciária do TRT-GO participaram, na manhã de terça-feira (17/6), de uma oficina com o tema “Como repensar a sentença líquida para melhorar a prestação jurisdicional?”, realizada na Escola Judicial (Ejud 18). A oficina foi uma atividade do Laboratório de Inovação e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Liods) do TRT-GO e foi conduzida pelo juiz auxiliar da Presidência e coordenador do laboratório, Platon de Azevedo Neto. As servidoras da Divisão de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão Lara Nercessian e Laiza Garcia atuaram como facilitadoras.
O juiz Platon Neto disse que a oficina foi proposta para se pensar ideias e sugestões para facilitar e agilizar a prolação de sentenças líquidas. Ele explicou que as Varas do Trabalho recebem processos com petições líquidas, ou seja, com valores discriminados, mas nem todas as sentenças são líquidas, com os valores correspondentes aos pedidos deferidos. O coordenador do Liods acrescentou que a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho estimula a prolação de sentenças líquidas, tendo, inclusive, uma recomendação sobre isso, mas aumentar o índice de sentenças líquidas ainda é uma dificuldade. Platon Neto citou, como um dos desafios, a sobrecarga de processos na Secretaria de Cálculos.
O magistrado destacou que a sentença líquida facilita, por exemplo, um acordo e reduz bastante o tempo do processo. “Geralmente, quando a sentença não é líquida, a discussão sobre a liquidação vai para a execução. Isso atrasa o processo, dificultando o andamento da ação”, contou. As soluções propostas por meio da oficina do Liods serão apresentadas à Administração do TRT-GO para avaliação e implementação, se acolhidas. “Pode ser um robô, pode ser uma ferramenta de inteligência artificial que vai auxiliar o juiz na elaboração dessas sentenças”, exemplificou Platon Neto.
As facilitadoras da oficina utilizaram a técnica do design thinking nas atividades propostas aos participantes. Essa abordagem é centrada nas pessoas para resolução de problemas, focando na criação de soluções inovadoras e eficazes. O design thinking envolve um processo interativo e colaborativo, que busca entender as necessidades do usuário, gerar ideias, prototipar soluções e testá-las.
Entre os participantes da oficina estavam servidores de Varas do Trabalho, da Secretaria de Cálculos, da Secretaria de Governança e Gestão Estratégica, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento de Tecnologia da Informação, da Ouvidoria, da Coordenadoria de Precedentes e Jurisprudência e do Juízo de Execução.
O diretor de Secretaria da 2ª Vara do Trabalho de Goiânia, Dilerman Brotas, avaliou o evento positivamente. Ele disse que, inicialmente, achou que não poderia dar muita contribuição para a oficina, mas, com o andamento das atividades, percebeu que a iniciativa foi um despertar de ideias e que cada colega, independentemente da unidade em que está lotado, consegue contribuir e aprender o que significa a melhoria de metas e sentenças líquidas. “Essa oficina pode ser aplicada em diversas áreas do tribunal”, ressaltou.
A diretora da Secretaria do Juízo de Execução, Rejane Lemes, destacou que a oficina foi ótima, marcada pela criatividade e pela troca produtiva de experiências. Para ela, a iniciativa promoveu um ambiente colaborativo para soluções inovadoras de maneira prática e ágil.
WF/JA/LN
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