Com arrecadação histórica, TRT-GO fica em 2° lugar entre regionais de médio porte na Semana da Execução

Publicado em: 26/09/2025
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A Justiça do Trabalho em Goiás ficou em segundo lugar no ranking dos tribunais de médio porte no balanço final da 15ª Semana Nacional da Execução Trabalhista, realizada de 15 a 19 de setembro em todo o país. O Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT-GO) movimentou R$ 409 milhões este ano, número superior à arrecadação de 2024, que foi de R$ 152,3 milhões.

Do montante arrecadado pelo TRT-GO em 2025, R$ 340 milhões foram resultantes de acordos realizados entre as partes. Também foram realizadas no Estado 3.935 audiências, homologados 976 acordos e realizados 10 leilões. O restante se refere a valores provenientes de alvarás, leilões, arrecadação previdenciária e fiscal, precatórios e requisições de pequeno valor (RPVs), entre outros. Os números estão no Painel da Execução Trabalhista, divulgado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) em seu site

Homem vestindo terno preto fala ao púlpito

Desembargador-presidente Eugênio Cesário

O presidente do TRT-GO, desembargador Eugênio Cesário, expressou sua alegria com os resultados deste ano e destacou que este êxito já é fruto da política atual de engajamento de magistrados, servidores, partes e advogados, com foco na efetividade desta Justiça. “É o cumprimento da missão constitucional deste Tribunal, de assegurar que os direitos originários de suas decisões sejam, de fato, efetivos”, ressaltou.

A juíza auxiliar da Presidência do TRT-GO e responsável pelo Juízo de Execução, Narayana Hannas, avaliou o balanço da Semana da Execução como altamente positivo. “Foi a primeira vez que o tribunal ficou em segundo lugar entre os regionais de médio porte. Durante cinco dias, o TRT-GO concentrou esforços em audiências, conciliações e medidas efetivas para dar cumprimento às decisões judiciais. O resultado foi considerado expressivo. Além dos números alcançados, destaca-se o impacto social de garantir a efetivação de direitos que estavam há anos aguardando solução”, comemorou.

Imagem colorida de uma mulher de pele clara e cabelos loiros. Ela tem cabelo curto e está usando um óculos de grau com armação escura e um blazer branco. Com a mão esquerda ela segura um celular, enquanto a mão direita está apoiada em um microfone de mesa. Ao fundo, um painel na cor azul escuro com o símbolo da Justiça do Trabalho e o texto "TRT-18ª Região".

Juíza Narayana Hannas

Ainda segundo a juíza auxiliar de Execução, o êxito da semana só foi possível graças ao engajamento de magistrados, servidores, advogados e das próprias partes, que acreditaram no diálogo e na construção de acordos. “O evento reforçou o papel da Justiça do Trabalho de transformar sentenças em realidade concreta para a sociedade”, afirmou Narayana Hannas.

Acordos de destaque

O maior acordo realizado pelo Regional goiano na Semana da Execução deste ano totaliza R$ 240 milhões e foi homologado pela juíza Maria das Graças Oliveira, titular da 7ª Vara do Trabalho de Goiânia. A conciliação envolveu uma grande empresa no Estado e um número significativo de trabalhadores que reivindicavam o intervalo intrajornada.

No Cejusc de 1° Grau, coordenado pela juíza Alciane Margarida Carvalho e dirigido pela servidora Leila Alves Barbosa, tiveram destaque: o acordo de R$ 75 milhões entre a Prefeitura de Goiânia e a Fundahc, que contou com a atuação da juíza Narayana Hannas, um acordo com o Banco Bradesco e a formalização do acordo com a Ultra-Flex Colchões. Esse último aconteceu no penúltimo dia da Semana Nacional da Execução (18/9) e envolveu 27 processos movidos por ex-empregados da falida Ultra-Flex Colchões, garantindo o pagamento de R$ 468,2 mil em créditos trabalhistas.

Foto colorida de quatro pessoas em pé em frente a portas de vidro. São dois homens usando terno e duas mulheres usando vestido. Ao fundo, colada na porta de vidro, está uma faixa azul escura com o texto "Cejusc - Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas".

Advogados da Ultraflex e dos trabalhadores com a juíza Alciane Margarida e a servidora Leila Alves Barbosa

A juíza Alciane Margarida ressaltou que a negociação com a empresa Ultra-Flex Colchões somente foi possível diante da cooperação entre os diferentes Juízos nos quais os processos tramitavam. A reunião de audiências em ações com autores diferentes em face do mesmo devedor auxiliou a negociação e composição final, conforme informou a coordenadora do Cejusc de 1º grau. Ela também destacou os esforços dos servidores e advogados que atuaram para o êxito das conciliações.

Para o advogado dos trabalhadores, Gustavo Henrique Ribeiro, a atuação da magistrada e a cooperação entre os advogados foram fundamentais para unificar os processos e viabilizar o acordo. Da mesma forma, o advogado que presta serviços para a empresa Ultra-Flex, Carlos Adriano Vaz, destacou que “a Justiça do Trabalho, por meio da coordenadora do Cejusc de 1º grau, conseguiu unificar processos, promover o leilão de imóveis e viabilizar o pagamento, solução que trouxe alívio a todos”.

No Cejusc Digital, coordenado pelo juiz Eduardo Tadeu Thon e dirigido pela servidora Michelle Schuh, foi destaque a homologação de um acordo que garantiu o pagamento de mais de R$ 2,5 milhões a 45 trabalhadores do município de Pontalina (GO).

No Cejusc de Aparecida de Goiânia, coordenado pela juíza Fabíola Evangelista Martins e dirigido pela servidora Ioneci Guimarães, a unidade homologou, apenas num único dia, acordos que totalizaram mais de R$ 130 mil.

Números nacionais

De acordo com o balanço do CSJT, a Justiça do Trabalho encerrou a 15ª edição da Semana Nacional da Execução Trabalhista 2025 com um novo recorde de arrecadação: R$ 8 bilhões. O valor supera os R$ 6,5 bilhões do ano passado.

Foram mais de 94 mil audiências realizadas, 26,5 mil acordos homologados, além de 470 leilões realizados. Do total arrecadado, R$ 3 bilhões foram decorrentes de acordos, R$ 2 bilhões de alvarás, R$ 142 milhões decorrentes de leilões, R$ 313 milhões de precatórios e RPVs e mais de R$ 800 milhões em alvarás expedidos e não pagos, e R$ 391 milhões de outros valores arrecadados e bloqueados. Também foram recolhidos mais de R$ 530 milhões em arrecadação fiscal e previdenciária.

Tribunais de destaque
  • Grande porte
    Entre os maiores tribunais do Trabalho do país, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) foi o que mais arrecadou, com R$ 1,9 bilhão; seguido do TRT da 1ª Região (RJ), com R$ 1,7 milhões; e do TRT da 2ª Região (SP), com R$ 676 milhões.
  • Médio porte
    Nos TRTs de médio porte, o TRT da 5ª Região (BA) movimentou R$ 416 milhões; seguido do TRT-18 (GO), com R$ 409 milhões; e do TRT-7 (CE), com R$ 237 milhões movimentados.
  • Pequeno porte
    O ranking do pequeno porte ficou com a liderança do TRT-19 (AL), com R$ 266 milhões; TRT-14 (RO/AC), R$ 98 milhões; e, fechando o top 3, o TRT-17 (ES), com R$ 95 milhões.

Confira os detalhes dos dados no painel com os Painel da Execução Trabalhista do CSJT.

Comunicação Social, com informações da Secretaria de Comunicação do CSJT

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