A Justiça do Trabalho em Goiás ficou em segundo lugar no ranking dos tribunais de médio porte no balanço final da 15ª Semana Nacional da Execução Trabalhista, realizada de 15 a 19 de setembro em todo o país. O Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT-GO) movimentou R$ 409 milhões este ano, número superior à arrecadação de 2024, que foi de R$ 152,3 milhões.
Do montante arrecadado pelo TRT-GO em 2025, R$ 340 milhões foram resultantes de acordos realizados entre as partes. Também foram realizadas no Estado 3.935 audiências, homologados 976 acordos e realizados 10 leilões. O restante se refere a valores provenientes de alvarás, leilões, arrecadação previdenciária e fiscal, precatórios e requisições de pequeno valor (RPVs), entre outros. Os números estão no Painel da Execução Trabalhista, divulgado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) em seu site.
O presidente do TRT-GO, desembargador Eugênio Cesário, expressou sua alegria com os resultados deste ano e destacou que este êxito já é fruto da política atual de engajamento de magistrados, servidores, partes e advogados, com foco na efetividade desta Justiça. “É o cumprimento da missão constitucional deste Tribunal, de assegurar que os direitos originários de suas decisões sejam, de fato, efetivos”, ressaltou.
A juíza auxiliar da Presidência do TRT-GO e responsável pelo Juízo de Execução, Narayana Hannas, avaliou o balanço da Semana da Execução como altamente positivo. “Foi a primeira vez que o tribunal ficou em segundo lugar entre os regionais de médio porte. Durante cinco dias, o TRT-GO concentrou esforços em audiências, conciliações e medidas efetivas para dar cumprimento às decisões judiciais. O resultado foi considerado expressivo. Além dos números alcançados, destaca-se o impacto social de garantir a efetivação de direitos que estavam há anos aguardando solução”, comemorou.
Ainda segundo a juíza auxiliar de Execução, o êxito da semana só foi possível graças ao engajamento de magistrados, servidores, advogados e das próprias partes, que acreditaram no diálogo e na construção de acordos. “O evento reforçou o papel da Justiça do Trabalho de transformar sentenças em realidade concreta para a sociedade”, afirmou Narayana Hannas.
O maior acordo realizado pelo Regional goiano na Semana da Execução deste ano totaliza R$ 240 milhões e foi homologado pela juíza Maria das Graças Oliveira, titular da 7ª Vara do Trabalho de Goiânia. A conciliação envolveu uma grande empresa no Estado e um número significativo de trabalhadores que reivindicavam o intervalo intrajornada.
No Cejusc de 1° Grau, coordenado pela juíza Alciane Margarida Carvalho e dirigido pela servidora Leila Alves Barbosa, tiveram destaque: o acordo de R$ 75 milhões entre a Prefeitura de Goiânia e a Fundahc, que contou com a atuação da juíza Narayana Hannas, um acordo com o Banco Bradesco e a formalização do acordo com a Ultra-Flex Colchões. Esse último aconteceu no penúltimo dia da Semana Nacional da Execução (18/9) e envolveu 27 processos movidos por ex-empregados da falida Ultra-Flex Colchões, garantindo o pagamento de R$ 468,2 mil em créditos trabalhistas.

Advogados da Ultraflex e dos trabalhadores com a juíza Alciane Margarida e a servidora Leila Alves Barbosa
A juíza Alciane Margarida ressaltou que a negociação com a empresa Ultra-Flex Colchões somente foi possível diante da cooperação entre os diferentes Juízos nos quais os processos tramitavam. A reunião de audiências em ações com autores diferentes em face do mesmo devedor auxiliou a negociação e composição final, conforme informou a coordenadora do Cejusc de 1º grau. Ela também destacou os esforços dos servidores e advogados que atuaram para o êxito das conciliações.
Para o advogado dos trabalhadores, Gustavo Henrique Ribeiro, a atuação da magistrada e a cooperação entre os advogados foram fundamentais para unificar os processos e viabilizar o acordo. Da mesma forma, o advogado que presta serviços para a empresa Ultra-Flex, Carlos Adriano Vaz, destacou que “a Justiça do Trabalho, por meio da coordenadora do Cejusc de 1º grau, conseguiu unificar processos, promover o leilão de imóveis e viabilizar o pagamento, solução que trouxe alívio a todos”.
No Cejusc Digital, coordenado pelo juiz Eduardo Tadeu Thon e dirigido pela servidora Michelle Schuh, foi destaque a homologação de um acordo que garantiu o pagamento de mais de R$ 2,5 milhões a 45 trabalhadores do município de Pontalina (GO).
No Cejusc de Aparecida de Goiânia, coordenado pela juíza Fabíola Evangelista Martins e dirigido pela servidora Ioneci Guimarães, a unidade homologou, apenas num único dia, acordos que totalizaram mais de R$ 130 mil.
De acordo com o balanço do CSJT, a Justiça do Trabalho encerrou a 15ª edição da Semana Nacional da Execução Trabalhista 2025 com um novo recorde de arrecadação: R$ 8 bilhões. O valor supera os R$ 6,5 bilhões do ano passado.
Foram mais de 94 mil audiências realizadas, 26,5 mil acordos homologados, além de 470 leilões realizados. Do total arrecadado, R$ 3 bilhões foram decorrentes de acordos, R$ 2 bilhões de alvarás, R$ 142 milhões decorrentes de leilões, R$ 313 milhões de precatórios e RPVs e mais de R$ 800 milhões em alvarás expedidos e não pagos, e R$ 391 milhões de outros valores arrecadados e bloqueados. Também foram recolhidos mais de R$ 530 milhões em arrecadação fiscal e previdenciária.
Confira os detalhes dos dados no painel com os Painel da Execução Trabalhista do CSJT.
Comunicação Social, com informações da Secretaria de Comunicação do CSJT
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