TRT-GO transforma aprendizado em jogo e premia servidores e magistrados na Liga dos Diamantes

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO) realizou, na manhã desta quinta-feira (6/11), a cerimônia de premiação dos vencedores da Liga dos Diamantes, iniciativa que utilizou a gamificação como estratégia de engajamento para difundir o conteúdo do Prêmio CNJ de Qualidade 2025 de forma leve e participativa. Mais de 400 magistrados e servidores participaram da competição, que se tornou uma jornada de aprendizado e integração entre unidades.

O evento marcou o encerramento de meses de atividades gamificadas realizadas no âmbito do tribunal, que envolveram servidores e magistrados em desafios e ações de aprendizado sobre os critérios do Prêmio CNJ de Qualidade. Na cerimônia, o auditório da Presidência esteve lotado, reunindo participantes e representantes de diversos regionais da Justiça do Trabalho. Ao longo da solenidade, foram anunciados os vencedores e destacadas as experiências de engajamento das varas e unidades do TRT-GO, em clima de celebração e reconhecimento coletivo.

Na abertura, o presidente do TRT-GO, desembargador Eugênio Cesário Rosa, destacou que a Liga dos Diamantes surgiu como resposta criativa aos desafios da atualização constante e do engajamento institucional. Ele comparou o cenário atual à “modernidade líquida” descrita por Zygmunt Bauman, em que tudo muda com rapidez. “O que aprendemos hoje, em seis meses a um ano, já temos que aprender de novo, porque já foi modificado. Então era preciso sacudir nossas estruturas para acompanhar esse ritmo e manter o TRT-18 na vanguarda”, afirmou o presidente ao explicar que a Liga dos Diamantes nasceu desse impulso.

O presidente também fez uma analogia entre o selo Diamante do CNJ e as certificações ISO concedidas à iniciativa privada, ressaltando que ambas atestam qualidade, confiabilidade e compromisso institucional. “Assim como uma certificação ISO, o selo Diamante é um reconhecimento de excelência. Essa certificação, portanto, é o reconhecimento de que o tribunal presta um serviço de qualidade, com prazos adequados e compromisso com a sociedade.”

O desembargador ressaltou ainda que o projeto ajudou a transformar a cultura interna, promovendo espírito colaborativo e senso de pertencimento. “O resultado desse trabalho foi tão positivo que já estamos com nosso diamante confirmado novamente”, afirmou ao ressaltar que o tribunal é heptacampeão no Selo CNJ de Qualidade na categoria Diamante. Ele encerrou sua fala citando Franklin Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, para enfatizar o papel das pessoas na construção das instituições: “As instituições valem por si, mas a grandeza delas depende de quem as incorpora. É por isso que estamos aqui.”

Liga dos Diamantes

Gerente do projeto, Flávia Walesca explicou que a Liga foi criada para divulgar o Prêmio CNJ de Qualidade de forma acessível, mostrando como cada área contribui para o desempenho do tribunal. “Queríamos divulgar o prêmio de forma divertida e mostrar que ele vai muito além das metas. Ele envolve governança, estatística, transparência, tecnologia e gestão de pessoas. Cada servidor precisava entender o que faz do TRT-GO um tribunal Diamante”, contou.

Flávia destacou que a competição teve caráter individual, sem distinção entre servidores e magistrados, e reuniu cerca de 400 participantes em desafios e atividades. “A maior conquista é ver que agora todos sabem o que contribui para que sejamos um tribunal de excelência.” 

A secretária-geral da Presidência, Karla Melo, que atuou como incentivadora da iniciativa, destacou o empenho das equipes e o envolvimento direto da administração na divulgação do projeto por todo o estado. “Foram dois meses de viagens às varas do interior, conciliando agendas e desafios logísticos, mas o resultado foi compensador. Ver o entusiasmo dos servidores e o reconhecimento coletivo é o que faz tudo valer a pena”, afirmou.

Karla lembrou que, além do aprendizado, o projeto mobilizou áreas distintas e fortaleceu o sentimento de pertencimento. “O mais importante é que todos perceberam o impacto do próprio trabalho na conquista do tribunal. Isso é transformação institucional na prática.”

Liderança e união

O juiz César Silveira, titular da Vara do Trabalho de São Luís de Montes Belos, foi o vencedor geral da Liga e recebeu o Certificado de Excelência. Em discurso emocionado, ele atribuiu o reconhecimento à equipe da vara, que classificou sete servidores entre os 15 melhores colocados na competição. “Nada foi individual. Trabalhamos juntos, com engajamento e sentimento de pertencimento. Estamos apenas devolvendo à sociedade uma pequena parte do que recebemos do tribunal”, afirmou.

O magistrado compartilhou uma lembrança do pai, caminhoneiro, para ilustrar sua visão sobre liderança. Ele contou que o pai trabalhava cortando madeira para a fabricação de dormentes (peças que sustentam os trilhos das ferrovias) e que aprendeu com ele o verdadeiro sentido de liderança, “Quando os companheiros perguntavam para ele o que deviam fazer, ele dizia: ‘Faça o que eu fizer’. Então, liderar é dar o exemplo. Liderança não é oprimir. Liderança é fazer que todos, de forma espontânea e que se sintam gratificados, participem de todas as vitórias e eventuais frustrações da administração.”

O TRT-GO é exemplo de inovação

O evento fez parte da 2ª Jornada Judiciária do TRT-GO, que acontece nesses dias 6 e 7 de novembro, e contou com a presença de representantes de dez regionais da Justiça do Trabalho e do CNJ, que vieram a Goiás para conhecer de perto o projeto e suas práticas inovadoras. O secretário-geral do TRT-8 (PA/AP), Rodopiano Neto, elogiou o modelo goiano. “Primeiro, quero parabenizar o TRT-18 por essa grande ideia. A gente já vai levar o projeto para o nosso regional. A grande diferença aqui é a gamificação, que torna o engajamento algo natural e inspirador. É uma forma de motivar as equipes e alcançar melhores resultados. O principal desafio é conseguir esse engajamento, e aqui o TRT-18 mostrou que é possível.”

Já o secretário-geral do TRT-21 (RN), Joany Barata, destacou o aspecto humano do projeto. “O que mais me chamou atenção foi a valorização dos servidores e a união entre magistrados e administração. Essa liga mostra que os resultados são feitos por pessoas.” Ele acrescentou que pretende criar uma versão adaptada à realidade do TRT-21, com desafios moldados às particularidades das regiões do estado. “Nossa ideia é adaptar o projeto à realidade local, ajustando os desafios conforme as características de cada região do Rio Grande do Norte”, afirmou.

Premiações e apoio

Durante a cerimônia, foram entregues certificados de Prata, Ouro, Diamante e Excelência, diversos prêmios doados por instituições parceiras e vale-curso de capacitação aos três primeiros colocados na Liga dos Diamantes. O evento contou com o apoio do IGT, Amatra 18, Agatra, Grupo Tauá de Hotéis e Hospital Albert Einstein.

Veja abaixo a lista dos premiados: 

Certificado de Excelência: Juiz César Silveira.
Certificado de Diamante: servidores Lorrane Nahara e Evandro Gomes.
Certificado de Ouro: servidores André Augusto, Daiane Oliveira, Pablo Roberto, Bianca Simonelle, Paula Lorena e Danielle Pereira
Certificado de Prata: servidores Patrícia de Jesus, Lucas Moreno, Tayná Borges, Júlio César da Silva, Noêmia Teles e Marielli de Paula

Durante a cerimônia, também foram anunciados os vencedores dos Desafios Relâmpagos nº 8 e nº 9, que promoveram integração e aprendizado entre magistrados e servidores de forma leve e competitiva. No Desafio Relâmpago nº 8, o primeiro lugar ficou com a servidora Paula Lorena Rezende, seguida pelos servidores Verônica Bueno e Danielle da Conceição Pereira. Já o Desafio Relâmpago nº 9 teve como vencedor o juiz César Silveira, seguido pelos servidores Danielle da Conceição Pereira e Pablo Roberto Santana. 

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LN/JA