Existem muitas mulheres com histórias de vida fantásticas. Biografias que enchem o coração de esperança para um mundo melhor. Mas quem se depara com a história de Malala e o nível de superação e luta que a envolvem é de tirar o fôlego.

Imagem reproduzida da conta oficial de Malala no instagram @malala
Malala é ícone não só por ter resistido ao regime do Talibã e lutado pela educação no Paquistão. Ela também se tornou uma ativista mundial ao direito à educação, em especial às meninas. Para isso, Malala mantém o Malala Fund, organização internacional sem fins lucrativos, que arrecada recursos para promover atividades de educação voltadas para meninas em todo o mundo.
Nascida em 12 de julho de 1997, na região do Vale do Swat, nordeste do Paquistão, Malala é filha de Ziauddin Yousafzai, professor e dono de escola na região. Cresceu assistindo às aulas do pai, que fez questão de garantir à filha o direito de estudar. Porém, em 2008, após o Talibã tomar o poder na cidade em que moravam, Malala, então com 11 anos, foi proibida de frequentar a escola, assim como todas as outras meninas da cidade.
Inconformada com as proibições impostas às meninas e às mulheres pelo grupo terrorista, Malala, criou o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa”. Incentivada por uma rede de notícias inglesa, Malala escreveu sobre as dificuldades da vida sob o regime autoritário do Talibã.
Malala passou então a ser conhecida fora das fronteiras de sua cidade. Apesar de no início seus textos serem publicados sob um pseudônimo, não demorou muito para sua identidade ser revelada e seu rosto apresentado ao mundo todo. Com o intuito de chamar a atenção do Ocidente para os problemas vividos em seu país, Malala concedeu entrevistas a grandes emissoras estrangeiras e fez suas reivindicações tomarem uma proporção muito grande.
Em 2012, já frequentando a escola, Malala foi alvo de um ataque talibã que por muito pouco não tirou sua vida. A menina estava dentro de um ônibus escolar quando um atirador entrou e a alvejou com 3 tiros na cabeça.
Seria o fim de Malala e das ameaças que a menina traria ao grupo islâmico? Para nossa sorte não. Malala sobreviveu ao ataque e após tratamento no Reino Unido, se recuperou e chamou ainda mais a atenção do mundo para suas causas.
A história de Malala até aqui já seria incrível, mas mesmo depois de enfrentar um grupo terrorista e sobreviver a tiros na cabeça, a menina continuou sua luta para convencer o mundo da necessidade de garantir educação para todas as crianças. E a luta pelo direito à educação das mulheres a tornou a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz aos 17 anos, em 2014.

Malala comemorando a conclusão de seu curso na Universidade de Oxford
Hoje, aos 24 anos, Malala é graduada em filosofia, política e economia pela Universidade de Oxford. Aquela pequena paquistanesa que só queria frequentar a escola, não só conquistou um certificado em uma das mais renomadas universidades do mundo, como recebeu diversas honrarias e premiações em diversos países.
Malala segue lutando pelos direitos humanos de toda uma geração.
Veja nessa animação um resumo da vida de Malala Yousafzai. E não se esqueça da lição de Malala: “uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”.
Malala é ou não é uma mulher fantástica?
Jackelyne Alarcão
Comunicação Social – TRT/18
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