Pureza, o filme: uma reflexão urgente sobre o trabalho análogo à escravidão no Brasil

Glossário Jurídico
A imagem mostra um grupo de pessoas reunidas para uma foto. Há um total de dezesseis pessoas, algumas em pé e outras agachadas na frente. O grupo parece ser uma mistura de jovens e adultos vestindo camisetas azuis, com exceção de um homem no centro, que está agachado e veste um terno claro e uma gravata. Eles estão posando em frente a um fundo que inclui o texto "TRT-18 e Programa Trabalho Seguro", sugerindo que pode ser uma iniciativa relacionada ao Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região no Brasil. A imagem tem uma atmosfera formal, mas amigável.

Desembargador Welington Peixoto com os terceirizados do TRT

Uma sessão de cinema que tocou os espectadores na tarde desta quinta-feira (14/12) na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO). O filme “Pureza”, de Renato Barbieri, foi exibido para uma plateia atenta e emocionada. O evento marcou o encerramento das atividades em Goiás, no ano de 2023, do Programa Trabalho Seguro, que tem como gestor regional o desembargador Welington Peixoto.

O filme mergulha nas mazelas do trabalho análogo à escravidão. Dira Paes dá vida à personagem Pureza numa história de coragem, resistência e busca pela verdade, que promete deixar uma marca duradoura em cada espectador. 

A imagem mostra um grupo de oito pessoas posando para uma fotografia. Todos estão de pé e vestidos formalmente. Há sete homens e uma mulher. Eles estão diante de um banner onde se pode ler "TRT-18 e Programa Trabalho Seguro". O grupo parece estar em um ambiente profissional, e todos sorriem para a câmera.

MPT, OAB e Superintendência Regional do Trabalho prestigiaram o evento

A desembargadora aposentada Elza Silveira disse que acompanhou sofrimento parecido com o do filme ao longo de sua carreira como fiscal do trabalho em São Paulo e como juíza, quando teve que lidar com o resgate de trabalhadores em Trindade. “Foi uma experiência muito difícil, muito sofrimento, mas foi um trabalho de parceria com o Ministério Público e comovente liberar aqueles trabalhadores”, ressaltou.

A advogada Cristiane Pavan revelou que o filme é impactante e elogiou a sensibilidade do Tribunal em tratar do tema. “Muito se fala em era digital, direito 4.0, metaverso, mas o direito é feito por pessoas e temos que refletir em como essa energia do trabalho humano é usada”, ponderou. Ela também elogiou a atuação do MPT e da Superintendência do Trabalho em Goiás.

A imagem exibe um grupo de onze pessoas posicionadas para uma fotografia em frente a um banner que diz "TRT-18 e Programa Trabalho Seguro". A maioria dos indivíduos está vestida com roupas casuais, com exceção de um homem no centro que está usando um terno e gravata. A composição é diversificada, incluindo homens e uma mulher, e há uma variedade de cores em suas vestimentas, com os homens predominantemente em camisas de manga curta ou longa. O grupo está alinhado em uma única fila, com alguns membros ligeiramente à frente ou atrás, criando uma sensação de unidade. Todos parecem estar posando calmamente para a foto, sugerindo um evento formal ou uma ocasião especial relacionada ao Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região no Brasil.

Sindicalistas rurais também compareceram ao evento

O filme “Pureza” lançou uma luz intensa sobre a sombra do trabalho análogo à escravidão no Brasil, e os números mais recentes revelam uma realidade alarmante: Goiás lidera o ranking de trabalhadores resgatados em 2023. Segundo Roberto Mendes, auditor fiscal do trabalho e coordenador das operações de combate ao trabalho escravo no Ministério do Trabalho em Goiás, foram realizadas este ano 19 operações que resgataram 720 trabalhadores no Estado.

Para o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás, Alpiniano Lopes, “a Justiça do Trabalho tem sido firme e nos dado apoio nas operações de resgate. É uma chaga que precisamos combater”, ressaltou. Sobre o filme, Alpiniano disse que ele retrata bem a situação em que vivem milhares de trabalhadores no país, pois baseia-se em fatos reais.

A imagem mostra um homem de cabelos grisalhos, vestindo óculos e trajes formais, provavelmente um terno, em pé atrás de um púlpito. Ele parece estar em um contexto de palestra ou apresentação, dada a postura e o ambiente formal. O fundo é composto por listras verticais douradas e marrons, o que contribui para a atmosfera de seriedade. O homem parece estar falando ou prestes a falar, e sua expressão é séria e profissional.

Desembargador Welington Peixoto

O  desembargador Welington Peixoto, idealizador do evento, disse que a Justiça do Trabalho tem essa responsabilidade social de se aproximar da sociedade e ser inclusiva e protetora das minorias. “É um papel magnífico essa devolutiva social, dialogar a respeito das mazelas que o filme mostra e esse é um dos objetivos do programa Trabalho Seguro”, afirmou. 

A exibição de “Pureza”, segundo o desembargador, não apenas denuncia a realidade, mas também instiga a sociedade a refletir sobre o impacto social e econômico do trabalho análogo à escravidão. Como isso afeta não apenas os trabalhadores diretamente envolvidos, mas também a imagem do país como um todo.

A imagem é um retrato em sépia de uma pessoa segurando uma fotografia. A pessoa, com uma expressão calma e contemplativa, parece estar em um ambiente movimentado, possivelmente um mercado ou evento social, como sugerido pelas figuras desfocadas ao fundo. A fotografia que está sendo segurada mostra um homem em pé, mas os detalhes específicos são difíceis de discernir devido ao tamanho e ao foco da imagem. A iluminação e a tonalidade sépia dão à cena um ar nostálgico ou histórico.

Cena do filme

Ele agradeceu a todos os apoiadores e patrocinadores da iniciativa e mencionou a presença de representantes de várias instituições no evento, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais, o Sindicato dos Empregados Assalariados Rurais de Itapaci, o Sindicato dos Empregados Assalariados Rurais de Nova Glória, o Sindicato dos Empregados Assalariados Rurais de Rubiataba e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Helena de Goiás, Tuverlândia e Maurilândia.

O evento contou com apoio da Associação dos Servidores da Justiça Trabalhista do Estado de Goiás (Asjustego), Associação dos Magistrados do Trabalho da 18ª Região (Amatra 18), Associação Goiana da Advocacia Trabalhista (Agatra), Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT), Ministério do Trabalho e Emprego, OAB-GO, MPT-GO, Adial Log, Federação dos Trabalhadores na Indústria nos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal (FTIEG-TO-DF), Sindiposto e Coca-Cola. 

Confira a galeria de fotos.

FV/WF

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