Desembargadora Kathia Albuquerque lembra sua trajetória pessoal e profissional em entrevista para o Projeto História Oral

Glossário Jurídico

A Desembargadora Kathia Maria Bomtempo de Albuquerque concedeu entrevista para o Projeto de História Oral da Escola Judicial do TRT, na quarta-feira, 26/11. A entrevista foi feita pela chefe do Centro de Memória do Tribunal, Ariony Chaves de Castro.

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Em seu depoimento, a magistrada falou sobre a CLT, os pioneiros do TRT de Goiás, sua administração na Presidência do TRT18 (biênio 2003/2005) e os desafios da mulher/mãe diante das exigências impostas pela magistratura. Além disso, ela também deu sua opinião sobre vários temas importantes da justiça trabalhista, como o sistema PJe, a definição de metas pelo CNJ e CSJT aos Tribunais e a importância da formação inicial e continuada para magistrados e servidores.

Curitibana de nascimento, ela fez-se paulistana por razões familiares e acadêmicas – em São Paulo realizou seus estudos, formando-se em Direito pela tradicional FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas. Tornou-se goianiense por amor e devoção, adotando Goiânia para viver, definitivamente, desde 1991.

A sua carreira na justiça trabalhista teve forte influência do pai, hoje magistrado aposentado pelo TRT de São Paulo. Ela afirma que o pai a influenciou tanto na formação acadêmica como na trajetória profissional.

Sua carreira judiciária começou no ano de 1983, quando ela ingressou no TRT de São Paulo no cargo efetivo de atendente judiciário. No ano seguinte ela foi exonerada a pedido para atuar como advogada da empresa TRANSFREER, onde ficou de 1985 a 1989. Não muito tempo depois, a magistrada se desvinculou da OAB/SP para tomar posse como Juíza do Trabalho Substituta do TRT da 10ª Região. E em 1991 teve seu cargo aproveitado no quadro de Juízes do Trabalho Substitutos da 18ª Região.

Na época, Goiás fazia parte da jurisdição do TRT da 10ª Região, junto com o Distrito Federal e os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Após atuar em diversas Juntas de Conciliação e Julgamento como juíza substituta, em 1992 passou a ser titular da antiga JCJ de Catalão, tendo sido removida no mesmo ano para a 6ª JCJ de Goiânia, onde permaneceu até 2002, quando foi nomeada por Decreto Presidencial para o cargo de juíza togada (o equivalente hoje ao cargo de desembargador).

“As dificuldades eram indescritíveis, não tinha papel, caneta, pessoal. Cada um iniciou com alguma coisa, um adquiriu o primeiro prédio, outro trouxe servidores requisitados, que nós não tínhamos e foi assim do nada que fizemos o Tribunal funcionar e chegar onde chegou hoje”, comentou a magistrada ao lembrar dos tempos difíceis dos primeiros anos do Tribunal. Ela também falou da profunda admiração pessoal por todos os ex-presidentes e desembargadores desse Tribunal. Segundo ela, conhecer as particularidades de cada um lhe deu o equilíbrio, a sabedoria e o norte na sua caminhada dentro do Tribunal.

A desembargadora Kathia lembrou que o TRT de Goiás trouxe segurança para a sociedade, que não precisava mais ir a Brasília para fazer, por exemplo, uma sustentação oral. Ela destaca o contentamento dos goianos com a instalação da 18ª Região: “Eu sentia na fala dos advogados, na fala dos próprios reclamantes, dos empresários, a alegria pelo respeito que era prestado a eles com a instalação do Justiça do Trabalho em Goiás”, mencionou.

IMG_7721 O projeto História Oral, desenvolvido pela Escola Judicial por meio do Centro de Memória, tem o objetivo de registrar a história da Justiça do Trabalho em Goiás por meio de depoimentos de seus personagens principais. “A memória traz experiência, ela registra o que é bom e o que pode ser melhorado, e ela mostra o que não foi saudável para ser modificado. É uma das melhores ferramentas de registro que temos, para que daqui a 30 anos ou mais as pessoas saibam que no início foi tudo muito difícil, que o TRT da 18ª Região foi iniciado do nada, não havia, pessoal, papel, caneta e que seus pioneiros deram tudo de si”, expôs a magistrada, que é ouvidora do TRT e, também, foi indicada pelo Pleno para assumir a direção da Escola Judicial no próximo biênio 2015/2017.

Um pouco da personalidade da desembargadora Kathia

A desembargadora Kathia é uma pessoa simpática e muito elegante. Quando criança e adolescente, incentivada pelos seus pais preocupados com sua formação humana, fez balé, dança, piano e estudou vários idiomas, chegando a morar por um tempo na Grécia. Ela é emotiva e acredita possuir sétimo sentido. Como toda mulher moderna, desempenha várias funções: mãe, magistrada, filha, dona de casa, amiga, companheira, e diante dessa multiplicidade de tarefas, muitas vezes, passa a madrugada examinando seus votos. Acredita que sua melhor qualidade é dar o melhor de si em tudo que faz. Trata-se, sobretudo, de uma mulher forte, intensa, determinada e ágil em suas decisões e atividades profissionais.

Fonte: Centro de Memória

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