Programa Trabalho, Justiça e Cidadania inicia atividades de 2023 com programação prevista para 6 escolas da rede municipal de Goiânia
O programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) iniciou as atividades de 2023 na manhã de sexta-feira, 26/5, com professores e alunos do sexto ao nono anos da Escola Municipal Nara do Carmo Rezende Amorim, em Goiânia. Até o final de 2023, serão atendidas 6 escolas, totalizando 1.547 alunos alcançados. A novidade da programação fica por conta das novas atividades que serão desenvolvidas, também, aos sábados. Voltadas para os alunos e familiares, serão oferecidas oficinas sobre currículos e entrevistas, cadastramento no Jovem Aprendiz, curso de empreendedorismo e treinamento de “Primeiros Socorros e Combate a Incêndios” com o Corpo de Bombeiros Militar.
O diretor da escola, Washington Luiz Bastos de Souza, foi o responsável por recepcionar a equipe do TJC. Ele agradeceu aos envolvidos e aos parceiros do projeto, afirmando que, por meio do programa, os alunos terão a oportunidade de vivenciar conhecimentos e experiências importantes. Orientou os estudantes a “aproveitarem ao máximo essa oportunidade”.
Alguns dos profissionais presentes no evento explicaram sobre o trabalho e apresentaram um pouco de suas experiências para as crianças. A juíza do Trabalho e coordenadora regional do programa TJC, Laiz Alcântara, afirmou que os alunos eram os convidados de honra do dia e explicou que a equipe se preparou muito tempo para a programação feita, que incluiu a apresentação de peça teatral sobre o uso de equipamentos de segurança no trabalho, a entrega de duas cartilhas no formato de gibi sobre direitos e deveres trabalhistas e ainda a preparação do concurso cultural que se prolongará durante todo o ano.
A juíza do Trabalho Fernanda Ferreira contou um pouco de sua história aos estudantes, dizendo ter completado toda sua formação em escola pública. “Eu vim de uma escola igualzinha a de vocês e me tornei uma juíza do Trabalho. Se vocês acreditarem e tiverem disciplina, também vão conseguir”, afirmou. O juiz do Trabalho Cleidimar Almeida reforçou a fala da colega. “Eu, assim como a Fernanda, vim de escola pública e me tornei juiz do Trabalho. Eu vejo daqui, médicos, advogados, engenheiros. Mas para que isso se concretize, vai depender de vocês, do esforço de vocês”, ressaltou.
Representando a Comissão de Prevenção do Trabalho Infantil e na Adolescência, do TRT-18, a juíza Antônia Helena Borges afirmou que, para concretizar os direitos das crianças e dos adolescentes, é necessário que se conheçam esses direitos. Por isso, o programa do TJC é uma grande oportunidade para os alunos. “Vocês poderão conhecer e exigir o que é direito de vocês e, assim como todos nós aqui, vocês poderão chegar aonde quiserem chegar”, afirmou Antônia Helena.
O secretário municipal de Educação, professor e advogado Wellington Bessa, agradeceu às autoridades e instituições parceiras. Reafirmou a importância do programa e do seu compromisso com a cidadania, que vem mudando a realidade dos estudantes goianos e de seus familiares. Bessa recomendou aos alunos aproveitarem a presença de pessoas com tanta experiência na área de Direito do Trabalho para “conhecer e concretizar seus direitos básicos e sociais resguardados pela Constituição”.
A advogada Thaynnara Ferro, secretária-geral do Instituto de Direito do Trabalho (IGT) e coordenadora do projeto, detalhou um pouco mais sobre o concurso cultural e orientou os alunos a ficarem atentos às atividades do dia e, também, a estudarem corretamente as cartilhas durante o ano. “Podem te tirar tudo, menos o conhecimento”, ressaltou.
Gustavo Afonso finalizou os discursos trazendo sua experiência pessoal enquanto aluno de escola pública que se tornou advogado e presidente do IGT. Afirmou estar emocionado com os depoimentos semelhantes aos dele e reforçou o convite aos alunos para prestarem muita atenção. “Eu vejo nessa plateia pessoas com futuros brilhantes”, frisou.
Animação e aprendizado
Durante o evento, os estudantes mantiveram-se animados e interativos, sempre sendo estimulados pelo coordenador pedagógico da Secretaria Municipal de Educação (SME), professor Azésio Barreto. Foram instigados a tirarem dúvidas e trazerem relatos de pessoas junto às autoridades presentes, a competirem entre si quanto à participação e a interagirem com a peça teatral.
Com direção de Samuel Baldani, a peça “Segurança é Vida” abordou questões relacionadas aos direitos e deveres dos trabalhadores diante dos acidentes de trabalho e, também, do uso de equipamentos de segurança do trabalho. A história foi ambientada em um jornal de televisão, no qual os atores, Marília Ribeiro e Luiz Cláudio, trouxeram várias histórias de acidentes de trabalho que poderiam ser evitados com uso de equipamentos de segurança.
Durante a peça, a atriz abordou dois alunos. O aluno Cauã, quando perguntado sobre o que aprendeu com a peça, afirmou: “O trabalhador deve usar equipamento de segurança para não correr riscos”. Já o aluno Bruno contou a experiência de um acidente de trabalho sofrido pela mãe, recebendo a chance de tirar dúvidas sobre os direitos da genitora junto à juíza do trabalho, Laiz Alcântara.
A estudante do 8° ano, Ana Clara Valadão, de 14 anos, disse que a peça foi bem divertida e afirmou que o evento mostrou a importância da educação para crescer, com as histórias inspiradoras contadas pelos juízes, advogados e professores. Já o estudante Lucas Felipe Silva, também de 14 anos e cursando o 8° ano, mostrou-se interessado pela programação de sábado, mais particularmente pelo cadastro no Jovem Aprendiz. “Estou feliz em saber que terei a oportunidade de trabalhar”, afirmou.
Ao final da apresentação, além de receberem as cartilhas, os alunos receberam presentes dos patrocinadores. A indústria de laticínios Piracanjuba mandou para a escola várias caixas da linha de bebidas “Pirakids” para serem distribuídas entre os estudantes. E a HADCO (McDonalds) enviou uma equipe vestida a caráter para servir as crianças com um lanche completo, que incluiu combos de sanduíche, refrigerante e batata frita. Além do lanche, as crianças receberam óculos temáticos da linha de fast food.
Além das autoridades citadas, também compareceram ao evento os advogados Jalles Soares e Fabiana Veneu Pereira.
O Programa TJC é realizado em Goiás pela Associação da Magistratura do Trabalho da 18° Região (Amatra-18), com correalização do Instituto de Direito do Trabalho (IGT) e Ministério Público do Trabalho (MPT). As empresas Piracanjuba e HADCO são patrocinadoras do projeto, o qual tem como entidades parceiras o TRT-18, a prefeitura de Goiânia, a Inspeção do Trabalho, a Superintendência Regional do Trabalho em Goiás, o Ministério do Trabalho e Emprego, o Governo Federal, o Sebrae, o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, o CIEE, o CESAM-GO, a OSCEIA, o ESPRO, o SEST, o SENAT, o SENAC e a OVG.
Confira o álbum de fotos do primeiro dia do programa.
Visita no sábado
Na manhã de sábado, dia 27/5, o TJC atendeu também os familiares dos alunos da Escola Municipal Professora Nara do Carmo Rezende Amorim. Foram oferecidos treinamento de primeiros socorros e combate a incêndios com os Bombeiros, curso de empreendedorismo com o Sebrae, além da realização de cadastro para Jovem Aprendiz. A população presente na iniciativa também participou de oficinas para criação de currículo e preparo para entrevista de emprego. Ademais, a Amatra-18 patrocinou a distribuição de sorvete entre os participantes.
Confira as fotos do segundo dia do programa.
JM/JA/WF
Comunicação Social TRT-18
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