Congresso de assessores de comunicação do Poder Judiciário é realizado em BH

Glossário Jurídico

abertura (11)Cerca de 190 assessores de comunicação do Judiciário e do Ministério Público estiveram juntos na manhã desta quarta-feira, em Belo Horizonte (MG), para debater estratégias, boas práticas e o futuro da Comunicação Pública. Ao abrir o XI Conbrascom, o presidente do Fórum Nacional de Comunicação e Justiça, Vanderlei Ricken, comemorou o grande público e afirmou que o evento anual se tornou uma espécie de “parada obrigatória” para os profissionais do setor.

“Esse momento de reflexão é fundamental para que nós possamos compartilhar nossos dilemas, comparar o que está funcionado e buscar uma pauta comum. É muito bom ver esse auditório cheio, com sotaques e visões de todo o país”, disse Ricken, lembrando que a programação do encontro foi construída de forma coletiva.

Representando o estado anfitrião e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde aconteceu a abertura do evento, o terceiro vice-presidente da entidade, desembargador Wander Paulo Marotta Moreira, destacou o papel estratégico da comunicação em tempos de abundância de informação.

“A  internet trouxe um fluxo de informações exaustivo, às vezes caótico. Cabe a nós, do Judiciário, atuar para transformar esses dados em conhecimento, em poder, fortalecendo a democracia”, ressaltou. “Nosso grande desafio é melhorar a percepção que os usuários têm sobre o nosso trabalho, e isso vai exigir uma mudança de atitude das próprias instituições e dos seus agentes”.

A chefe do Núcleo de Comunicação do TRT da 18ª. Região que também é diretora do FNCiJ, Márcia Bueno, participa do congresso, que foi aberto com a especialista em comunicação Nádia Rebouças, que afirmou que o poder público precisa aprender a se comunicar e deixar de ser meramente informativo.

Site já virou vovô’, alerta publicitária

nadia (19)Mais leveza. Essa foi a principal recomendação da publicitária e ativista Nádia Rebouças aos assessores do Judiciário, em palestra que abriu o Conbrascom deste ano. Com 43 anos de experiência no mercado, a criadora de peças memoráveis como “Danoninho – vale por um bifinho” afirmou que o Poder Público precisa adotar uma linguagem mais acessível para alcançar a população.

“O maior erro é achar que basta dar a informação”, destacou Nádia. “Mas se eu não emociono, se não há envolvimento, eu não comunico. A Coca-Cola jamais vai chegar na televisão e dizer ‘Olhe, aqui nesta garrafa tem um xarope gostoso’. Ela vende a felicidade. E é isso o que falta à comunicação governamental: transformar a informação em comunicação”.

Para a palestrante, o governo também deve falar menos. “Há uma enorme dificuldade em tratar de uma ideia em apenas 30 segundos. Com isso, os órgãos públicos descartam décadas de conhecimento acumulado no marketing e na publicidade”, ressaltou.

Segundo a publicitária, as mudanças tecnológicas e a emergência de uma sociedade em rede vão obrigar os órgãos públicos a abandonar o terno e a gravata, adotando uma linguagem mais acessível a um público que passa a ser visto como um interlocutor, e não apenas como consumidor passivo.

“É preciso humanizar a forma, o tom e o conteúdo, Se você é muito formal, quem é que vai querer interagir com a sua instituição?, perguntou. “Está faltando uma conversa mais leve, e o Facebook acaba sendo uma ferramenta muito mais adequada para isso do que um site, que é algo mais institucional. O site já virou vovô”, brincou.

 

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