Universo da parentalidade e a importância da imagem pessoal nas relações profissionais foram temas do Segundo Café e Roda de Conversa

A Escola Judicial do TRT-18 (Ejud-18) promoveu na última sexta-feira, 3/6, o Segundo Café e Roda de Conversa com o slogan “É Cor de Rosa Choque”. O evento, aberto à comunidade do tribunal e também ao público externo, marcou a continuidade das homenagens ao Mês das Mães com um café da manhã especial oferecido aos participantes e com um bate-papo sobre o universo da parentalidade e a importância da imagem pessoal nas relações profissionais.

Rodrigo Dias, juiz do trabalho e coordenador pedagógico da Ejud 18, abrindo o evento

Abertura

A abertura do Café e Roda foi feita pelo juiz Rodrigo Dias, coordenador pedagógico da Ejud, que iniciou os trabalhos homenageando alguns prestadores de serviço do TRT de Goiás. O magistrado cumprimentou Patrícia Alessandra, encarregada geral da limpeza, copas, recepção e jardinagem, e outras duas funcionárias terceirizadas do tribunal, e, em nome de todos os prestadores de serviço do TRT de Goiás, destacou a importância de cada um deles no funcionamento do tribunal e na realização de todos os eventos que acontecem no TRT-18.

Em seguida, agradeceu a presença do público e das palestrantes e fez questão de ressaltar que nenhuma delas solicitou honorários pela participação no evento, e que de forma generosa, atenderam ao convite da Ejud para compartilhar seus conhecimentos ao público presente. Dias destacou também, que, sempre que possível, a Escola Judicial promoverá encontros como o Café e Roda de Conversa trazendo debates importantes para o ambiente do TRT de Goiás.

Parentalidade e coerência

As psicólogas Patrícia Oliveira, Marina Cançado e Graciana Assunção, debatendo sobre os desafios da parentalidade

Os painéis do evento foram feitos com conversa informal e com a participação da plateia. No primeiro deles, as psicólogas Graciana Assunção e Patrícia Oliveira, com mediação da psicóloga e servidora do TRT Marina Cançado, apresentaram o tema: “Parentalidade – Desafios Modernos para Antigas Questões”. As profissionais alertaram sobre a necessidade do alinhamento na conduta da parentalidade por quem a exerce. Graciana Assunção afirmou que não importa se a parentalidade é exercida por um casal, um grupo familiar, ou mesmo por filhos que passaram a ser responsáveis por seus pais, ela deve ser exercida de forma responsável e coerente. “Eles têm que falar a mesma língua e manter a comunicação aberta e respeitosa”, afirmou.

Educação tradicional X Educação moderna

Durante o painel, foram abordadas as diferenças da educação tradicional para a educação nos tempos modernos, sob o prisma de pilares da parentalidade como: hierarquia, comunicação, limite, apego, sociabilidade e estilos de família. Segundo as psicólogas, muitas são as diferenças de educação de décadas atrás para os dias atuais e os pais devem estar atentos a isso.

Importância da frustração

No contexto das diferenças, Patrícia Oliveira, levantou a questão sobre a frustração. A psicóloga advertiu a plateia sobre a culpa que os pais contemporâneos carregam por não atender a todos os pedidos dos filhos. Para ela, uma das principais responsabilidades dos pais na atualidade é aprender a frustrar os filhos. “Estamos criando um grande problema na humanidade, pois eles serão intolerantes em todas as relações na vida. Aprendam a frustrar seus filhos. Onde tudo é fácil, fica tudo descartável e se perde a tolerância, a segurança”, ressaltou Patrícia.

Apego X Segurança

Para as palestrantes, os limites, o “não”, são indispensáveis para o desenvolvimento de adultos seguros e tolerantes. Entretanto, destacaram, que, ao contrário da rigidez imposta nas relações parentais de décadas atrás, é possível estabelecer limites e impor regras com amor.

Graciana destacou a expressão “alfabetização emocional” e a relacionou à “teoria do apego”. Para a psicóloga, a pessoa educada com amor, com afeto, se vê “cuidada” e desenvolve segurança emocional sem perder sua identidade, lidando melhor com críticas, em todas as relações da vida.

A psicóloga também falou sobre o apego excessivo, que, ao contrário, provoca insegurança. “No apego excessivo você transmite a ideia de que a pessoa não sabe fazer nada sozinha, e assim ela vai sempre precisar do outro, da confirmação do outro e isso vai se refletir nas relações amorosas, nas relações de trabalho, em toda a vida”, alertou. “É preciso ter equilíbrio. Tanto o apego excessivo, quanto a falta de apego provocam insegurança”, concluiu.

No encerramento do painel sobre parentalidade, as psicólogas indicaram a leitura do livro chamado “O livro que você gostaria que seus pais tivessem lido: (e seus filhos ficarão gratos por você ler), da escritora e psicoterapeuta britânica, Philippa Perry. O livro aborda questões comportamentais que devem ser observadas pelos pais na educação dos filhos e analisa como a forma com a qual os pais são criados influenciam na relação que estabelecem com as crianças.

Juíza Ceumara Soares recebendo a consultora de imagem, Estela Daia

A imagem fala

O segundo painel da manhã foi conduzido pela juíza Ceumara Soares, que recebeu a consultora de imagem, Estela Daia. A magistrada destacou a felicidade de conversar sobre uma temática diferente do ambiente recebeu a consultora numa conversa sobre imagem e estilo. A consultora destacou a importância do alinhamento da imagem à comunicação que se deseja transmitir ao público.

Estela afirmou que roupas e acessórios adequados ao ambiente podem, não apenas comunicar melhor, como também influenciar nos resultados profissionais e nas relações pessoais. “As cores que usamos, os acessórios, sapatos, até os tipos de tecido “falam” por nós, antes mesmo que a gente abra a boca, destacou a consultora. As pessoas fazem uma leitura do profissional, de acordo com a aparência que ele comunica.

A consultora deu um exemplo de uma palestra que presenciou sobre mercado de luxo. Segundo ela, a palestrante não se preocupou com a imagem que passaria e não estava vestida de acordo com o público e com o tema do encontro. “Na ocasião, as pessoas, desconcertadas, não prestaram atenção ao conteúdo da palestrante, que falaria sobre luxo e requinte. Ou seja, a comunicação visual e a comunicação verbal da palestrante não estavam coerentes”, explicou a consultora.

Estela explicou que um dos pilares da imagem pessoal é a aparência, que deve estar coerente com o que você quer comunicar. Para Estela, um profissional, de qualquer área, deve adequar sua imagem à comunicação que deseja transmitir ao seu público. Essa é a técnica do espelhamento, explicou. “Para quem você quer se comunicar? Se você é um psicólogo e vai atender um adolescente, por exemplo, não pode estar vestida de maneira formal, vai assustar o adolescente. Ele precisa ter imagem que aproxime o adolescente e se reconheça nele e facilitar a comunicação”, afirmou.

Para Estela, a aparência envolve não só a vestimenta, os acessórios, mas a postura, o jeito de falar, de agir e as expressões faciais. “Tudo está interligado e suas relações profissionais e pessoais são muito influenciadas pela sua imagem, destacou”.

Presenças

Prestigiaram o evento, a desembargadora Iara Rios, presidente da Ejud-18; o diretor-geral do TRT, Álvaro Resende; a desembargadora Silene Coelho; o secretário-geral de governança, Robnaldo Alves; o secretário-geral judiciário, Cleber Pires; a juíza do Trabalho, Jeovana Faria; a gerente geral da Caixa Econômica Federal, Ruth Sousa, além de servidores e advogados trabalhistas.

Veja abaixo algumas fotos do evento.

Jackelyne Alarcão

Comunicação Social – TRT/18