A VIRADA DIGITAL DO TRT-GO
 DO PAPEL À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A ERA DO PAPEL: LOGÍSTICA
ARTESANAL E DESAFIOS DO COTIDIANO

Na década de 1990, a rotina das Varas do Trabalho era quase artesanal. Pilhas de processos enchiam armários, livros de registros controlavam prazos, carimbos e máquinas de datilografar eram instrumentos de trabalho essenciais. Marcos Antunes, servidor já aposentado que se dedicou ao TRT-GO de 1991 a 2021, lembra que, no cadastramento de processos, numerava página por página manualmente. “Imagine você: caminhões chegavam ao tribunal carregados de processos físicos, vindos da Justiça Estadual, alguns com mais de 100 volumes, todos numerados e cadastrados à mão. Às vezes, o cadastramento exigia duas ou três pessoas. Se alguém errava a numeração, era preciso começar tudo de novo”, recorda.

O servidor Marcello Pena, diretor da 1ª VT de Goiânia, relata que, quando ingressou no tribunal, em 1984, os registros eram feitos em livros, as intimações datilografadas com papel carbono e a busca por processos exigia tempo e esforço dos servidores. E essas dificuldades também se refletiam no trabalho dos oficiais de Justiça da época. Olympio Carlos Moreira Júnior, assistente de juiz da 3ª Vara do Trabalho de Goiânia, está no TRT-GO desde 1998 e atuou por muitos anos no Setor de Mandados. Ele também se recorda desses tempos “analógicos”. “Precisávamos ir de vara em vara, pessoalmente, para saber se o devedor tinha feito algum pagamento antes de cumprir a penhora. Tudo era feito no olho e com papel na mão”, lembra Olympio.

Quem não se lembra dos tempos em que um simples papel perdido podia significar horas ou até dias de trabalho refeito? Cada processo era um conjunto de folhas amareladas que precisavam ser manuseadas com cuidado, carimbadas, grampeadas e arquivadas em ordem precisa. Jorge Machado, atual diretor de Comunicação Social do TRT-GO e que já passou por diferentes funções no tribunal, lembra bem desse cenário: “Ao assumir a 2ª Vara do Trabalho de Rio Verde em 2011, encontrei autos do piso ao teto, cerca de 1,8 mil processos a organizar em armários metálicos e controle de prazos feito à mão. A rotina era intensa e repetitiva, e a organização dos processos consumia horas diárias”, relembra.

LINHA DO TEMPO

1991
Rotina totalmente manual
Registros em livros, datilografia e arquivos com grandes volumes de autos todos no papel.
1997
Primeiros computadores nas unidades
Trabalho ainda híbrido e tímido, com uso de disquetes e impressão pontual.
2007
Implantação do SAJ-18
Primeiro grande sistema eletrônico judicial, que permitiu consultas e peticionamento online.
2009
Digitalização administrativa com e-Petição e SisDoc
Processos internos passam a tramitar totalmente de forma eletrônica.
2012
Início da implantação do PJe
Nova era digital começa pela Vara do Trabalho de Luziânia.
2020
Teletrabalho integral na pandemia
Digitalização prévia permite continuidade completa das atividades do tribunal.
2022
Integração da Inteligência Artificial
Ferramentas institucionais de IA apoiam redação, sínteses, consultas e automação com segurança.

A CHEGADA DOS COMPUTADORES E OS PRIMEIROS SISTEMAS

A INSTALAÇÃO DO PJE
E O PERÍODO DE TRANSIÇÃO

Drive Thru de processos físicos do TRT-GO

Cooperativa de reciclagem no trabalho de desfazimento de processos físicos

Servidor na força-tarefa de digitalização de processos físicos

Pilha de processos físicos a serem digitalizados durante força-tarefa

SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO

A PANDEMIA E A PROVA DE RESILIÊNCIA

Computadores e telas separadas para serem emprestadas aos servidores durante a pandemia de covid-19

Reunião virtual de colegiado do TRT-GO durante a pandemia de covid-19

INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL E O FUTURO

Atual equipe de TI do TRT-GO

REPORTAGENS ESPECIAIS
35 ANOS DO TRT-GO