Programa Trabalho, Justiça e Cidadania encerra atividades de 2025 com premiação de alunos e apresentações no TRT-GO

Publicado em: 05/11/2025
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O Programa TJC encerrou suas atividades do ano de 2025

O Programa TJC encerrou suas atividades do ano de 2025

O Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) encerrou suas atividades do ano de 2025 com uma programação especial realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO), em Goiânia, na manhã desta segunda-feira (3/11). Diretores, professores e alunos das sete escolas municipais de Goiânia incluídas nas atividades do programa este ano conheceram as instalações do TRT-GO e participaram da cerimônia de encerramento da programação do TJC para 2025.

Mulher fala ao microfone em um púlpito do TRT da 18ª Região, vestindo camiseta do programa Trabalho, Justiça e Cidadania.

Coordenadora do projeto, advogada Fabiane Vinhal

Motivação 

A coordenadora do projeto, a advogada Fabiane Vinhal, abriu o evento fazendo uma reflexão sobre os ganhos proporcionados pela participação no programa. Segundo ela, juízes e advogados costumam perguntar-se sobre ‘o que ganham ao integrar o projeto’, e “a resposta está diante de todos: são vocês, os alunos que nos motivam”, ressaltou. “Levar conhecimento sobre a Justiça do Trabalho e aproximar a Justiça Social de vocês é uma recompensa de grande valor!”, afirmou aos estudantes presentes no evento, ressaltando que a participação dos profissionais no projeto é voluntária e que o “ganho” é inestimável. “Ver os olhinhos de vocês brilhando ao ver um juiz ou juíza na escola, ou um advogado (a) e também ao ver o banner do McDonald ‘s chegando não tem preço”, comentou orgulhosa e despertando risos da plateia.

Para Fabiane Vinhal, conhecer um pouco da história de vida de cada criança envolvida é combustível suficiente para ajustar a agenda de trabalho e seguir no projeto. Ela recordou que um dia também foi uma criança sentada em um banco escolar, encantada com as atividades extracurriculares, e acredita que o projeto é uma semente plantada que dará muitos frutos. “Espero, lá no futuro, encontrar muitos de vocês exercendo com dignidade a profissão que escolherem e, se assim não for, que contem com a Justiça do Trabalho”, destacou. A coordenadora agradeceu à Associação dos Magistrados do Trabalho da 18ª Região (Amatra 18), ao Instituto Goiano de Direito do Trabalho ( IGT), aos professores, diretores e a todos os envolvidos no projeto em 2025.

Homem fala ao microfone em um púlpito do TRT da 18ª Região, usando terno escuro e gravata.

Desembargador do TRT-GO Welington Peixoto, gestor regional do Programa Trabalho Seguro

Contribuir para a formação dos jovens

O desembargador do TRT-GO Welington Peixoto, gestor regional do Programa Trabalho Seguro, destacou a importância do projeto e das sementes plantadas durante as atividades. “Tenho certeza de que logo, logo essas provocações resultarão em frutos. Estamos falando de direitos fundamentais, de garantias do trabalhador e da trabalhadora, direitos sociais de ter um trabalho digno”, afirmou. O magistrado também comentou a tendência de se relativizar o valor da CLT. “Vocês que são jovens, quando seus pais disserem que têm uma CLT, dignifiquem isso. CLT é sinônimo de garantia, de FGTS, de previdência social, de possibilidade de ter aposentadoria”, ressaltou.

Ele enfatizou a relevância dessas ações na formação de opinião dos jovens e afirmou que quem ganha com isso é toda a sociedade brasileira. “Tenho muita gratidão por estar contribuindo para a formação de vocês nesse projeto”, concluiu. O programa Trabalho Seguro também foi um dos temas utilizados pelos estudantes nas apresentações.

A imagem mostra um homem de terno preto e gravata vinho-escura, com barba, falando em um microfone que segura na mão direita.

Juiz do trabalho Cleidimar Castro, presidente da Amatra 18

O valor do professor

Na sequência, o juiz do trabalho Cleidimar Castro, presidente da Amatra 18, destacou o apoio e a parceria dos professores e diretores das escolas participantes do projeto em 2025. “Penso que o professor no Brasil deveria ser muito mais valorizado. Sem professor, não temos juízes, não temos médicos, não temos advogados, não temos profissão nenhuma”, ressaltou. “Eu tenho certeza de que, por trás de qualquer profissional bem-sucedido, há a história de um professor que o auxiliou”, complementou.

Ao se dirigir aos alunos, o magistrado afirmou ainda que todas as pessoas com bons propósitos encontram apoio em seu caminho. “Essas pessoas que estão ao nosso lado são valorosas. Então, tenham bons propósitos e certamente vocês terão pessoas para ajudá-los”, concluiu ao relembrar como foi importante contar com apoio de bons profissionais na sua trajetória de vida.

Ponte entre a Justiça do Trabalho e a sociedade

A juíza auxiliar da Presidência do TRT-GO e coordenadora regional do TJC em Goiás  Narayana Hannas, destacou a importância e o alcance social do projeto: “Encerramos mais um ciclo do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) com grande satisfação. Em 2025, o TJC levou conhecimento sobre direitos fundamentais, legislação trabalhista e cidadania a sete escolas da rede municipal, impactando centenas de estudantes e suas comunidades. Ver as crianças apresentando hoje o que aprenderam ao longo do ano mostra o quanto o projeto transforma realidades pela educação”.

Apresentação artística de estudantes de escola municipal

Apresentação teatral sobre tráfico humano conquista primeiro lugar na finalização do TJC este ano

“Importante lembrar que nesta edição, ampliamos o alcance do programa ao incluir temas como migração e tráfico de pessoas, em parceria com o Programa Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas. O TJC é muito mais do que um projeto educativo: é uma ponte entre a Justiça do Trabalho e a sociedade, especialmente as futuras gerações, que aprendem desde cedo o valor da dignidade, da justiça e do respeito no mundo do trabalho”, ressaltou a juíza. 

Narayana também agradeceu às instituições parceiras, aos magistrados, servidores, professores e estudantes que fizeram parte dessa jornada. “O sucesso do TJC 2025 é resultado do trabalho conjunto de todos que acreditam que a educação é o caminho mais sólido para a construção de uma sociedade mais justa e consciente. Nosso trabalho continua em 2026!”, concluiu.

A imagem mostra um grupo de cerca de 14 pessoas, principalmente jovens e mulheres, posando em um auditório. O grupo está em pé em cima de um tapete marrom, e há dois homens de terno nas extremidades e um no centro, atrás. As pessoas na frente seguram sacolas de brindes e uma delas exibe um certificado. O fundo é de madeira, com a frase "JUSTIÇA DO TRABALHO" em destaque na parede e um relógio digital vermelho marcando a hora.

A Juíza auxiliar da Presidência do TRT-GO e coordenadora regional do TJC em Goiás,  Narayana Hannas, também recebu o certificado de reconhecimento como voluntária pela contribuíção para as ações em 2025

Reconhecimento

Após a abertura, o evento seguiu com um momento de reconhecimento aos voluntários que contribuíram para as ações em 2025. Foram entregues certificados aos representantes do Corpo de Bombeiros de Goiás, da Opus Incorporadora, do Sicoob Cred, da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, do IGT, além das magistradas Fabiane Vinhal e Narayana Hannas. 

Apresentações

Alunos e representantes das escolas municipais Laurício Pedro Rasmussen, João Vieira da Paixão, Professora Dalka Lênes, Amélia Fernandes, Dona Angelina Pucci Limongi e Marcos Antônio Dias Batista foram recebidos no palco para apresentações relativas ao conteúdo trabalhado nas cartilhas nas visitas. Nas apresentações artísticas os estudantes também abordaram questões relacionadas aos programas coordenados pelo tribunal como o Programa Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas e de Proteção ao Trabalho do Migrante, o Programa Trabalho Seguro e o Programa de Combate ao Trabalho Infantil. Também houve performances musicais, dança folclórica e slam – competição de poesia falada, também conhecida por poesia marginal, que retrata resistência e expressão das periferias

Três jovens posam sorridentes lado a lado em um ambiente interno, diante de uma parede com ripas de madeira.

Estudantes da Escola Municipal Marcos Antônio Dias Batista, Núbia Menezes, Isabella Terra e Angelina Nonato

TJC sob o olhar dos estudantes

A aluna Isabella Terra, da Escola Municipal Marcos Antônio Dias Batista, destacou que participar foi “uma experiência nova, que ajuda a sair da zona de conforto e melhora a forma de socializar”. A colega Angelina Nonato completou: “É importante porque traz benefícios tanto para a escola quanto para nós, estimula a fala e a confiança”.

Jovem sorri para a câmera em ambiente interno, vestindo camiseta vermelha diante de uma parede com ripas de madeira.

Estudante da Escola Municipal Professora Dalka Lênes, Maurierik Lima

Já o estudante Maurierik Lima, da Escola Municipal Professora Dalka Lênes, ressaltou o impacto do projeto: “Participar é algo significante, porque representa a escola, a mim mesmo e minha família. O programa ajuda a entender o valor do trabalho com carteira assinada e dos direitos do trabalhador”.

A professora Cristiane Silva, também da Escola Professora Dalka Lênes, ressaltou o papel transformador da iniciativa. “A participação é fundamental para que os alunos, muitos de regiões periféricas, conheçam espaços diferentes e se sintam pertencentes à sociedade. O Programa traz reflexões sobre direitos humanos, trabalhistas e igualdade, e ajuda os estudantes a desenvolver senso crítico e consciência cidadã desde cedo”, afirmou.

Jovem sorri para a câmera em ambiente interno, vestindo camisa branca e acessórios, diante de uma parede com ripas de madeira.

Professora da Escola Municipal Professora Dalka Lênes, Cristiana Silva

O diretor da Escola Municipal João Vieira da Paixão, Ledson Oliveira Araújo, comemorou o primeiro lugar conquistado pela unidade. Os estudantes apresentaram uma peça de teatro sobre o tema do tráfico de pessoas. No início do ano, um vídeo produzido pela Rede Um Grito Pela Vida em parceria com o TRT de Goiás orientou os professores da rede pública de ensino sobre como abordar o tema com os estudantes e os desafios na luta contra o tráfico de pessoas. O professor Ledson ressaltou que foi uma experiência excelente para os estudantes. “Eles ficaram maravilhados com o projeto e se empenharam muito no estudo das cartilhas e no teatro que apresentaram. Eu como gestor só tenho a agradecer ao TJC pelo projeto maravilhoso, que contribuiu de forma significativa para o crescimento dos estudantes. Deixo aqui o meu muito obrigado a toda equipe do projeto e a Benaia Miranda Pereira, representante da Secretaria Municipal de Educação, que nos deu todo suporte necessário”, afirmou.

Premiação

O encerramento da solenidade foi marcado pela premiação das escolas participantes. A Escola Municipal Dona Angelina Pucci ficou em 6º lugar, seguida da unidade Marcos Antônio Dias Batista (5º), Professora Dalka Lênes (4º), Amélia Fernandes (3º), Laurício Pedro Rasmussen (2º) e João Vieira da Paixão, que conquistou o primeiro lugar. Os prêmios incluíram notebooks, smartphones e tablets, entregues aos estudantes e aos representantes das escolas.

 

Veja mais imagens da culminância 2025

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JA/SM/LN

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