Processo trabalhista de 1939 é lembrado no último dia da I Semana da Memória. Evento foi encerrado com lançamento do livro “Memórias do TRT de Goiás”
Demissão por justa causa simplesmente por pedir férias é o assunto da primeira ação trabalhista que se tem registro na Justiça do Trabalho em Goiás. O presidente do TRT-18, desembargador Daniel Viana Júnior, no encerramento da I Semana da Memória do Poder Judiciário Goiano, leu trecho dessa ação trabalhista de 1939, movida por um mestre de obras contra um engenheiro. Essa ação faz parte do acervo de mais de 6 mil processos da época em que o estado de Goiás era vinculado ao TRT de Minas Gerais, e estão preservados no Centro de Memória do TRT-18.
Livro de Memórias
Na ocasião, houve o lançamento do livro digital “Memórias do TRT-18”. O desembargador Daniel Viana Júnior explicou que o livro utiliza como fio condutor as entrevistas do Programa História Oral, que registra a história da Justiça do Trabalho em Goiás pelo ponto de vista de pessoas que passaram pela Corte trabalhista. Ele mencionou que desde 2014 foram feitas 82 entrevistas com ministros, magistrados, procuradores, advogados e servidores, e ainda serão feitas mais 18 para completar 100 entrevistas. “É a história contada pelos seus próprios protagonistas”, disse.
Daniel Viana ressaltou que o livro “Memórias do TRT-18” trará ao leitor textos e fotos que contam a história da Justiça do Trabalho em Goiás, “com registro de ricas vivências que merecem ser compartilhadas”. Na ocasião, foi apresentado o vídeo de lançamento da obra, narrado pela voz da servidora Carol Piva, uma das editoras. Veja o vídeo ao final da matéria.
Parceria
O presidente do TRT-18 falou do novo memorial do TRT-18, que vai contar com plataforma digital e totens para facilitar a visualização do acervo histórico produzido ao longo de 31 anos de existência do tribunal de forma interativa e atraente, observando também a acessibilidade. Daniel Viana também agradeceu a parceria com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e com o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) na realização da I Semana da Memória do Poder Judiciário Goiano e no termo de cooperação assinado pelos três órgãos para a realização de projetos, eventos, capacitações e exposições futuras.
O presidente do TRE-GO, desembargador Itaney Campos, e o desembargador Luiz Cláudio Braga, membro da Comissão Permanente de Memória e Cultura do Poder Judiciário do Estado de Goiás, representando o presidente do TJGO, desembargador Carlos França, também ressaltaram a importância da parceria firmada entre os tribunais e, ainda, a valorização da memória como forma de melhoria do futuro.
“Neste evento nós cultuamos a memória do judiciário. Enaltecendo o que há de grandioso, fazendo reflexões sobre os desacertos, para que possamos ser guiados para o futuro”, afirmou o desembargador Luiz Cláudio Braga. Parafraseando Confúcio, ele completou: “estou dizendo o passado do judiciário e estou prevendo o que será o seu futuro. O seu futuro é grandioso, porque temos na memória o que há de melhor no Judiciário. Todos nós, sem passado, morreremos, porque não teremos futuro.” Na ocasião, também ocorreu a apresentação do tour 360 graus do Centro de Memória e Cultura do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, localizado na cidade de Goiás.
O presidente do TRE-GO, desembargador Itaney Campos, ressaltou a expressiva união dos tribunais para que “juntos fiquemos mais fortes e desenvolvamos nossas atividades, especificamente ligadas à memória e à cultura”. Segundo ele, “essa união é importante, pois significa que parte da história do povo brasileiro, do seu patrimônio cultural, está sendo objeto de interesse e de evolução e desenvolvimento”. Na oportunidade, Campos agradeceu ao TRT-18 pela cessão do edifício Ialba-Luza ao TRE, o que possibilitou ao TRE trabalhar e atender a população em instalações condignas com sua alta missão de fazer valer a vontade popular na escolha dos seus governantes.
Cápsula do Tempo do TRE-GO
Durante o evento, o juiz do TRE Márcio Moraes Júnior, presidente da Comissão de Memória da Justiça Eleitoral de Goiás, ao fechar a Cápsula do Tempo do TRE-GO, disse que essa cápsula, materializada em uma urna de lona, usada antigamente pela Justiça Eleitoral, contém, dentre outros documentos, os resultados da campanha da “Justiça Eleitoral do Futuro”. O objetivo foi reunir sugestões de servidores e outros populares sobre suas expectativas e opiniões sobre a Justiça Eleitoral para os próximos 10 anos. A Cápsula do Tempo será aberta em 2032, durante as comemorações do centenário da Justiça Eleitoral.
A solenidade contou com a presença do coral Labor em Canto, do TRT-18, com a regência do maestro Eliseu Ferreira, cantando o hino nacional e interpretando a música Defensores da Natureza.
Participaram também da cerimônia: o desembargador do trabalho, Paulo Pimenta; o diretor-geral do TRT-18 Álvaro Celso Bonfim; o vice-procurador do Ministério Público do Trabalho em Goiás, Marcelo Ribeiro Silva; o presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 18ª Região (Amatra 18), juiz Fernando Rossetto; o vice-diretor da Escola Judiciária Eleitoral de Goiás, juiz Adenir Teixeira Peres Junior; o presidente da Associação Goiana dos Advogados Trabalhistas (Agatra 18), Jerônimo José Batista Júnior; o diretor-geral do TRE-GO, Wilson Gamboge, e Fernando Antônio Torquetto, representante do Centro Universitário Alfredo Nasser (Unifan).
Comunicação Social – TRT-18
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