Após três audiências para tentativa de acordo no TRT de Goiás, os trabalhadores terceirizados da rede de energia elétrica em Goiás não chegaram a um consenso com as empresas prestadoras de serviço da Equatorial Goiás Distribuidora de Energia sobre o reajuste salarial da categoria. Os eletricitários mantêm a greve que já dura cinco dias. Sem acordo, o processo será analisado pelo Tribunal Pleno.
Nesse caso, a Justiça poderá decidir a questão por meio de uma sentença normativa, substituindo a convenção coletiva de trabalho, que valerá para todos os cinco mil eletricitários no Estado.
Durante a audiência desta terça-feira (10/9), o vice-presidente do TRT-GO, desembargador Eugênio Cesário, destacou a importância de valorização dos trabalhadores. “Não é possível admitir a depreciação remuneratória, mesmo em se tratando de terceirizados”, afirmou.
A entidade patronal, no entanto, representada pelo Sindicato da Indústria da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica no Estado de Goiás (Sindienergias-GO) manteve sua proposta inicial de reajuste de 3,69% e vale-alimentação para R$ 35,00, oferta que foi recusada pelos trabalhadores.
Eugênio Cesário ressaltou que, embora haja jurisprudência sobre os índices inflacionários aplicados em reajustes salariais, o segundo grau deverá analisar a questão considerando a realidade dos fatos apresentados.
O sindicato profissional, Sindtelgo (Sindicato dos Trabalhadores na Construção e Manutenção de Rede e Distribuição de Energia Elétrica no Estado de Goiás), sinalizou estar aberto ao parcelamento do reajuste proposto pelo TRT-GO, que é de 15%, e ao aumento do vale-alimentação para R$ 50,00. “Há empresas dispostas a negociar percentuais superiores ao proposto pelo sindicato patronal”, informou o advogado do Sindtelgo, Rodrigo Fonseca.
FV/WF
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