


Na manhã desta sexta-feira, 24/3, o TRT-18 e a Ejud 18 realizaram o “Café com Mulheres” para homenagear magistradas, servidoras, estagiárias, terceirizadas, advogadas e procuradoras do Trabalho. O evento aconteceu no lounge da Praça (térreo do Complexo Trabalhista de Goiânia) e celebrou o mês das mulheres.
A música, as reflexões levantadas pela palestrante, um momento para a poesia, as flores e os depoimentos das magistradas tornaram o momento único e delicado. Afinal, falamos de nossas dores e alegrias e compartilhamos histórias e emoções. Também foi exibido o vídeo em homenagem ao Dia da Mulher.
Em sua fala de abertura, a desembargadora Iara Teixeira Rios relembrou ações importantes promovidas pelo TRT-18 em relação às mulheres e à equidade de gênero, como a criação da Comissão de Promoção Feminina e da Ouvidoria da Mulher.
“Ainda nos dias atuais, precisamos dar voz às mulheres e a comunicação assertiva, certamente, é um instrumento eficaz para o alcance deste objetivo. Estou segura que eventos como este nos fazem mais fortes e determinadas a dar voz ao empoderamento feminino, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária”, finalizou a desembargadora.
A juíza Wanessa Vieira, que representou no evento a Amatra 18, trouxe uma reflexão sobre a desigualdade de gênero, especialmente quanto à diferença de salários entre mulheres e homens. Segundo a magistrada, a renda mensal dos homens é 29% superior ao das mulheres e, por outro lado, o grau de instrução das mulheres é superior (16,3%) ao dos homens (12,4%), mais um paradoxo no país, ressalta Wanessa. “A mudança só virá por meio de debates amplos e verdadeiros para que exerçamos plenamente, homens e mulheres, o exercício pleno de nossas liberdades”.
Durante a solenidade, foram agraciadas mulheres de várias categorias importantes para o funcionamento da Justiça do Trabalho goiana. A juíza Ceumara de Souza, da 5ª VT de Goiânia, falou em nome das homenageadas e agradeceu a Ejud 18 e a administração do TRT-18 pela realização do evento, além de elogiar as iniciativas do tribunal em relação às questões de gênero.
“Eu acho importante dizer que esses eventos, essas homenagens que marcam o dia internacional da mulher, que colocam mulheres em evidência, são momentos, espaços e símbolos necessários”, afirmou a juíza. “Esses eventos nos chamam a uma reflexão sobre muitos desafios, distinções e discriminações que ainda hoje nós, mulheres, sofremos diariamente e que precisam ser discutidos, enfrentados e combatidos”, enfatizou.
Débora Brum iniciou a palestra falando sobre as vozes negativas que alimentamos todos os dias e que nos paralisam e nos impedem de crescer, a chamada ‘síndrome da impostora’. Para a fonoaudióloga, é preciso exercer a autoconfiança para gerar bons resultados e reações internas que nos deixam com mais energia para agir. “Quando deixamos de dizer o que precisamos é como segurar o fôlego e uma hora a gente explode”, exemplificou.
Brum comentou sobre os tipos de comunicação em que nos envolvemos e que nem sempre dizem sobre nós e o que realmente queremos transmitir, como a comunicação passiva, quando nos preocupamos com o que o outro vai dizer, não bancamos as nossas ideias, não conseguimos dizer não e ficamos apenas nos diálogos internos.
A comunicação agressiva, por sua vez, é quando falamos o que nos vem à cabeça, impondo nossas ideias, sem escutar o outro. Já a passivo-agressiva ocorre quando não falamos exatamente o que queremos, mas escapam ironias, deboches, cinismo e indiretas.
Por fim, temos a comunicação assertiva em que escutamos e conseguimos dialogar. “Existe respeito, interesse, não dá margem para ruídos e há escolha das palavras, controle da voz e do corpo”, explicou Débora.
Segundo a palestrante, a impulsividade nos faz tomar atitudes nada assertivas e aí ela cita uma frase célebre. “Você não precisa dizer tudo o que pensa, mas precisa pensar em tudo que vai dizer”. Ela aconselha a desenvolver pausas estratégicas para evitar agir de impulso e se arrepender depois.
Por fim, a palestrante falou da empatia. Para ela, não existe comunicação assertiva sem empatia, que nos faz acolher a dor do outro. Mas para acolher com empatia, é preciso evitar os obstáculos como: competir pelo sofrimento, contar a sua história, aconselhar, dar lição de moral ou minimizar o sofrimento do outro. “Só nos conectamos verdadeiramente com empatia”, concluiu.
Iara Teixeira Rios, desembargadora do Trabalho
Rosa Nair da Silva Nogueira Reis, desembargadora do Trabalho
Ceumara de Souza Freitas, juíza substituta da 5ª VT de Goiânia
Milena Cristina Costa, procuradora do Trabalho
Maria Madalena Melo Martins Carvelo, advogada trabalhista
Sônia Siqueira Almeida, servidora da 15ª VT de Goiânia
Camila Nogueira da Silva, colaboradora terceirizada
Silvia Carolina Sampaio Lima, estagiária da Divisão de Atendimento aos Usuários do PJe
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