Inaugurado novo espaço do Centro de Memória da Justiça do Trabalho goiana
Reviver e preservar o passado por meio da história contada por móveis, objetos pessoais, livros, eventos que marcaram épocas e, principalmente, por aqueles que fizeram e fazem parte da Justiça do Trabalho goiana. Esse é o objetivo do Centro de Memória do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), que ganhou novo espaço no Complexo Trabalhista de Goiânia. A cerimônia de inauguração foi realizada na terça-feira (8/11).
A unidade foi estruturada a partir de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e o TRT-18, que resultou na elaboração de um projeto arquitetônico e museológico do Memorial, sob responsabilidade do arquiteto e analista judiciário Leonardo de Freitas. Segundo o profissional, o local e a estrutura do Centro de Memória foram muito bem pensados. Parte do acervo, como objetos de trabalho, pessoais e vestimentas de personagens da Justiça do Trabalho goiana, foram acondicionados em expositores de acrílico que lembram cristais, em alusão à atividade mineradora de Goiás. “Provavelmente a primeira frente de trabalho no Estado”, explicou o arquiteto.
No novo espaço, os visitantes também encontrarão novidades tanto no interior quanto no exterior, como a linha do tempo, que traz a história da Justiça do Trabalho de 1941 a 2022, os três totens interativos, que também retratam momentos e eventos marcantes da história do Tribunal, a galeria dos desembargadores, o painel dos magistrados e servidores, além de processos históricos antigos.
Também prestigiaram a cerimônia os desembargadores Platon Teixeira Filho e Welington Peixoto, os desembargadores aposentados Heiler Rocha e Josias Xavier, o juiz classista José Luís Rosa, o procurador do trabalho e presidente da Comissão Permanente de Preservação da Memória Institucional do MPT-GO, Tiago Ranieri, o presidente da Amatra18, Fernando Rossetto, o presidente da Asjustego, Joelson Lisbôa, o presidente da Associação Goiana da Advocacia, Jerônimo José Batista Júnior, a advogada Andrea Maria Silva e Souza Pavan (neta do juiz Paulo Fleury), o coordenador da Gestão Documental e da Memória do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), Villermando Ribeiro Santos, a coordenadora de Gestão da Informação do TRE-GO, Flávia Dayrell, o secretário-geral da Presidência do TRT-18, Gustavo Seixas, o diretor-geral do TRT, Álvaro Resende, o desembargador do TJGO Luiz Cláudio Braga e os representantes do Memorial da Procuradoria Federal em Goiás, Simone Barbosa, Maria Lúcia Frenau e Aldo Rizzo.
Confira o vídeo da solenidade
Discursos
O desembargador Elvecio Moura dos Santos, coordenador da Comissão de Gestão da Memória do TRT da 18ª Região, logo no início do seu discurso, relembrou a historiadora Emília Viotti que, com propriedade, afirmou que “um povo sem memória é um povo sem história”. Prosseguiu contando a história da Justiça do Trabalho no decorrer dos anos juntamente com a evolução dos seus prédios na capital goiana.
Enalteceu a justa homenagem feita pelo Tribunal ao juiz Paulo Fleury da Silva e Souza ao atribuir seu nome ao Centro de Memória, uma vez que ele muito contribuiu para a história da Justiça do Trabalho no estado de Goiás, tendo sido o presidente da 1ª Junta de Conciliação e Julgamento de Goiânia logo após a regulamentação da Justiça do Trabalho no ano de 1941.
“No Centro de Memória encontra-se preservada a história da Justiça do Trabalho em Goiás, contada por meio de documentos, artefatos e lembranças daqueles que protagonizaram a gloriosa trajetória desta justiça especializada”, ressaltou o desembargador. Ele concluiu que foi fundamental para a inauguração do Centro de Memória o apoio dado pela administração do Tribunal ao trabalho da servidora Ariony Castro.
João Amílcar Silva e Souza Pavan, desembargador do TRT-10 (DF-TO) e neto do juiz Paulo Fleury, que dá nome ao Centro de Memória, falou sobre a importância de preservar e valorizar a memória da Justiça Trabalhista, ressaltando que “o esforço e a sabedoria daqueles mais antigos, que construíram a expressão social do poder judiciário trabalhista nesta unidade da federação, formaram firme alicerce, mas impuseram, a todos nós, o dever de continuar a missão e otimizar os resultados”.
Ele agradeceu em nome da família pela homenagem ao avô, elogiando o juiz Paulo Fleury tanto como patriarca quanto magistrado. “Homem íntegro, portador de destacada inteligência e equilíbrio, teve sempre como traço marcante o despojamento e a simplicidade. Nas várias instâncias em que funcionou como magistrado, ele dignificou a Justiça do Trabalho goiana em foros da mais seleta composição”, afirmou.
O coordenador de Gestão Documental e Memória do TST, Reginaldo Pereira de Matos, representou o órgão no evento. Ele participou da firmação do Acordo de Cooperação para a estruturação do Memorial e elogiou a equipe envolvida nas reuniões para elaboração do projeto do novo espaço. Reginaldo destacou a importância da inauguração: “com orgulho, a Justiça do Trabalho tem mais um importante espaço para conhecermos e refletirmos sobre o passado deste Tribunal, seus magistrados e servidores, bem como dos trabalhadores e empregadores que contribuíram para a construção de uma sociedade mais justa e próspera neste Estado”.
Por fim, o desembargador-presidente, Daniel Viana Júnior, afirmou que fez questão de dar continuidade ao projeto de expansão do Centro de Memória, instituído originariamente no ano 2000, sob a presidência da saudosa desembargadora Ialba-Luza Guimarães de Melo, porque “cuidar do passado não é viver de nostalgia. É, antes de tudo, preservar o futuro”. Ele ressaltou a importância do acordo de cooperação técnica firmado entre este Regional, o Tribunal Superior do Trabalho e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que, além do aporte financeiro, proporcionou projeto mobiliário arquitetônico que tornou possível realizar o “sonho de transformar o antigo memorial que tínhamos nesse lindo espaço que inauguramos hoje”.
Disse que ao ver no Centro de Memória fotos, objetos e lembranças de fatos e de pessoas que marcaram a história da Justiça do Trabalho, recordou-se do filme ganhador do Oscar no ano de 2018, ‘Viva, a Vida é uma Festa”, uma “linda metáfora que mostra que a morte só existe, de fato, quando nos esquecemos daqueles que se foram – e não falo apenas dos que faleceram, mas do que não estão mais na ativa, aqui cotidianamente entre nós, porque enquanto cultivarmos a sua memória, eles permanecerão mais vivos do que nunca, dentro dos nossos corações”.
Afirmou, ainda, que o Centro de Memória é “o nosso altar, onde celebraremos e manteremos viva a memória do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região e dos valorosos personagens que honraram a sua gloriosa história”. Por fim, agradeceu na pessoa da servidora Ariony Chaves de Castro, chefe da Seção de Memória do TRT-18, todas as equipes de servidores do Tribunal que colaboraram para o sucesso da empreitada.
Galeria de fotos do evento.
RR/FV/TC
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