Impasse impede sessão e Renan promete análise de vetos na próxima 3ª
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou no final da tarde desta quarta-feira, 30/9, o adiamento da sessão do Congresso que analisaria vetos presenciais, entre eles, o da recomposição salarial para os servidores do Poder Judiciário. Uma nova sessão foi marcada para o dia 6/10, próxima terça-feira, às 11h30.
Após o anúncio, servidores que aguardavam a reunião protestaram cantando: “Sem reposição, em 2016 não tem eleição”. Nos gramados do lado de fora do Congresso o ato organizado pela categoria reuniu milhares de servidores que com carro de som, faixas e vuvuzelas pressionavam pela derrubada do veto 26.
“Nos sentimos desrespeitados. Nos tornamos moeda de troca entre os parlamentares, mas não vamos desanimar”, afirmou a diretora de assuntos legislativos da ANAJUSTRA, Glauce de Oliveira Barros. Ela e o assessor parlamentar da associação, Roberto Bucar, acompanharam a movimentação no Congresso durante todo o dia.
Novo adiamento provoca revolta dos servidores que aguardavam a sessão.
Impasse
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e alguns líderes partidários exigiam a entrada em pauta dos vetos da presidente Dilma Rousseff à reforma política. Cunha também cobrava agilidade na tramitação da PEC 113/2015, que permite o financiamento de campanhas eleitorais por empresas.
Tendo seus interesses barrados, Cunha então manteve o Plenário da Câmara ocupado com sessões extraordinárias durante todo o dia. O gesto foi classificado pelo presidente do Senado como “capricho”. “A Câmara convocou sessões seguidas para o mesmo horário. Isso é inédito, mas aconteceu. Nós vamos convocar a próxima sessão para concluirmos a apreciação dos vetos, que estão sendo cobrados. Vamos priorizar o todo, e não uma parte”, destacou o senador.
No Plenário da Câmara alguns deputados chegaram a pedir o encerramento da sessão para que a reunião do Congresso fosse realizada. No Senado, a postura de Cunha foi criticada. “Essa cobrança é absolutamente descabida. O Senado não vai se curvar a esse tipo de procedimento reprovável. Acredito que não se constrói democracia dessa forma. É um confronto absolutamente prejudicial para o país. O que nos cabe é ter firmeza e serenidade para não agravar mais essa situação”, analisou o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB).
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