Cejusc de 2º grau do TRT-18 abre Semana da Conciliação com acordos em ações envolvendo acidentes de trabalho

Publicado em: 21/05/2024
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Várias pessoas em pé posando para a foto numa sala

Desembargadora Wanda Ramos com as partes e advogados e servidores da unidade

Dois processos relacionados a acidentes de trabalho, com reparações por danos materiais, morais e pagamento de pensão, chegaram ao fim nesta segunda-feira, 20/5, por meio da conciliação, em audiências que duraram várias horas no Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejusc) de 2º grau do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO). Os dois acordos, cujos valores somados chegam a R$ 400 mil, foram firmados no primeiro dia da 8ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista em Goiás e marcaram também o primeiro ano de funcionamento do Cejusc de 2º grau do Regional Trabalhista goiano. A unidade foi premiada recentemente pelo seu desempenho na Semana da Execução Trabalhista de 2023.

No primeiro caso, o trabalhador sofreu amputação do braço direito. A audiência teve a participação do autor da ação, um operador de escavadeira, do proprietário da empresa do ramo de extração e distribuição de areia, e dos respectivos advogados, Danielle Brito e Rafael Lara Martins, do conciliador Itamar Rocha e da desembargadora Wanda Lúcia Ramos, coordenadora do Cejusc de 2º grau. O autor da ação receberá R$ 200 mil.

Na avaliação da desembargadora, a presença de todas as partes envolvidas propiciou o exercício da empatia e a oportunidade do reconhecimento das profundas marcas deixadas por um acidente. “Ao mesmo tempo em que há o acolhimento da dor e da perda real sofrida pelo trabalhador, há a constatação de que a empresa não é infensa àquilo que acontece ao seu empregado, sendo ela própria uma partícipe muitas vezes involuntária da desventura que acontece em suas dependências”, declarou Wanda Lúcia Ramos.

Grande entusiasta da conciliação, a coordenadora do Cejusc do 2º grau ressaltou ainda que o encontro de duas partes que compartilham um destino comum propicia espaço de compaixão, de escuta, de acolhimento, de validação e de ressignificação do acidente, à luz de dois pontos de vista igualmente válidos, e não do ponto de vista unilateral. “Ao saírem do Tribunal, após três horas de audiência, com fisionomias serenas e concordantes, tem-se a sensação de que o cumprimento do nosso dever, com solidariedade e empatia, cria laços de gratidão que unem a todos”, comemorou.

Outro acordo

Várias pessoas e crianças em pé ao redor de uma mesa retangular posando para a foto numa sala

Desembargadora Wanda Ramos com o procurador do trabalho Marcello Silva e os advogados e partes do processo e servidores da unidade

O outro acordo firmado no Cejusc de 2º grau, também no valor de R$ 200 mil, envolve uma ação trabalhista na qual o trabalhador, que exercia a função de chapa, faleceu em acidente de trajeto. Estavam presentes na audiência a ex-companheira no momento do acidente fatal, por si e representando filho menor, a companheira anterior do “de cujus” representando filho menor e um terceiro filho, menor à época do acidente.

De acordo com a desembargadora Wanda Lúcia Ramos, a participação do procurador do Trabalho Marcello Silva neste caso foi de suma importância para aperfeiçoar as cláusulas do acordo, evitando prejuízos aos menores. “Após várias ponderações, visando o interesse de todos os envolvidos, chegou-se à saída que melhor atendesse a todos, numa visão holística segundo a qual o melhor acordo é aquele cujo modelo é ganha-ganha-ganha, ou seja, ganha uma parte, ganha a outra e ganha o entorno”, destacou a desembargadora.

WF/FV

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