


O Café Seguro, iniciativa do programa Trabalho Seguro do TRT de Goiás, chegou à sua 20ª edição no último 20 de setembro com visita à indústria de papéis e embalagens Jaepel. Sediada em Senador Canedo, na grande Goiânia, a fábrica emprega, diretamente, mais de 700 pessoas e tem projetada uma expansão para empregar mais 300. Os representantes da indústria demonstraram aos visitantes o rigoroso programa de prevenção a acidentes da empresa, além de enfatizarem a atuação focada em sustentabilidade.
Segundo um dos proprietários da empresa, José Roberto Amoroso, a empresa tem estações de tratamento de água e faz captação de água da chuva. “Tempos atrás, em vista da aparente abundância, a água não era um fator preocupante, mas hoje é tida como primordial. A reutilização da água traz vantagens ambientais e, além disso, reduz o volume de efluentes no processo produtivo. Depois de tratada, com seus parâmetros de qualidade ajustados, a água retorna ao processo”, explicou o representante da empresa.
Da esquerda para a direita: procurador do MPT-GO Marcello Ribeiro, juíza Nara Kaadi, empresário José Roberto Amoroso, desembargador Welington Peixoto, juiz Cleidimar Almeida, juíza Eneida Alencar e juíza Narayana Hannas
Além do cuidado com a água, a matéria-prima para fabricação do papel é de material 100% reciclado. A empresa investe também em benefícios para funcionários. “Nosso bem mais valioso é o funcionário, não adianta termos o melhor equipamento se não tivermos um funcionário motivado e feliz”, declarou Amoroso, informando que a empresa destinou mais de R$ 8 milhões em responsabilidade social nos últimos três anos, concedeu 7.200 horas de treinamento e ampliou o plano de saúde para as famílias dos funcionários. “Queremos causar um impacto positivo na sociedade”, finalizou o empresário.
A visita da equipe do Café Seguro a empresas de médio e grande portes do estado faz parte da agenda do programa Trabalho Seguro do TRT de Goiás para conhecer boas práticas adotadas por essas empresas e aproximar o Tribunal do cidadão. Durante as atividades, magistrados, servidores, advogados e procuradores do Trabalho têm a oportunidade de observar de perto o “chão de fábrica” e os processos de trabalho nas indústrias que convidam o Tribunal. Além disso, são ministradas palestras a gestores e funcionários.
O funcionário da Jaepel, Hector Amaral, parabenizou o Tribunal pelo Café Seguro, reconhecendo que a iniciativa é mais uma forma de incentivar o comportamento seguro por todos os trabalhadores
Na visita à Jaepel, cerca de 200 trabalhadores participaram das palestras e do bate-papo com a comitiva do TRT de Goiás. Para o desembargador Welington Peixoto, gestor regional do programa Trabalho Seguro, é preciso conhecer e incentivar o trabalho preventivo de acidentes de trabalho realizado por empresas no Estado de Goiás. “Não estamos aqui para fiscalizar, mas para conversar, conhecer a empresa e conversar com os funcionários”, ressaltou o desembargador. “Ninguém aqui quer ficar em lados opostos, todos querem ganhar, ter direitos, ter uma carreira e a garantia de poder desempenhar atividades em um ambiente seguro e livre de qualquer discriminação”, disse Peixoto.
O vice-procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás, Marcello Ribeiro Silva, alertou que o acidente de trabalho é, frequentemente, fruto de uma conjugação de fatores, incluindo o não levantamento prévio de risco. “A mensagem que quero deixar é: nunca devemos subestimar riscos, achar que não vai acontecer conosco, pois é quando achamos que estamos imunes a risco é que ficamos mais suscetíveis a acidentes”, alertou o procurador.
A juíza Nara Kaadi, titular de uma das varas do Trabalho do Foro de Aparecida de Goiânia, que tem o município de Senador Canedo em sua jurisdição, participou pela primeira vez do Café Seguro e comentou que a iniciativa demonstra “como empresas, trabalhadores, Judiciário e MPT podem ser parceiros na busca de um ambiente de trabalho seguro, saudável e próspero”. Também participaram da visita a juíza Eneida Martins, titular da 2ª Vara do Trabalho de Aparecida, o advogado Jerônimo Júnior, diretor do Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT), o presidente da Amatra18, juiz Cleidimar Almeida, a coordenadora do Cejusc Goiânia, juíza Narayana Hannas, e o diretor da Adial Log, Eduardo Alves Neto.
O especialista Djalma França de Carvalho explicou que a proteção no trabalho é coletiva e o princípio básico da segurança no trabalho conjuga três componentes: a pessoa, seu ambiente e seu comportamento. Quando esses três aspectos estão presentes, é possível eliminar o risco de acidentes.
A psicóloga do TRT de Goiás, Marina Cançado, falou ao público sobre a importância de proteger a saúde psicossocial. “Cerca de 30% de todos os afastamentos do trabalho estão ligados ao adoecimento mental, não é frescura, não é ‘mimimi’, é preciso buscar tratamento”, alertou a psicóloga. Ela também abordou questões relacionadas ao bom convívio entre colegas de trabalho e atitudes para não cometer assédio e respeitar a diversidade no ambiente laboral.
Saiba mais sobre as iniciativas na página dedicada ao programa Trabalho Seguro do TRT de Goiás
Veja também a galeria de fotos do evento.
LN/LC
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