Acordos realizados em audiências telepresenciais no Cejusc-Goiânia chegam a mais de R$3,7 milhões

Publicado em: 16/06/2020
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Entre os meses de abril e maio, o Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejusc) de Goiânia realizou 390 audiências iniciais virtuais. Essas teleaudiências resultaram em 215 conciliações, totalizando R$3.713.285,88 negociados em acordos. Isso só foi possível por que a Justiça do Trabalho de Goiás aliou a tecnologia com a vontade das partes, trabalhadores e empresas, advogados, conciliadores e magistrados em buscar a solução de conflitos.

Segundo o juiz do trabalho Eduardo Thon, coordenador do Cejusc de Goiânia, as conciliações por meio de teleaudiências têm se mostrado um meio eficaz de atuação da Justiça trabalhista e pouca coisa muda quando a audiência é virtual. “Acho que o meio (presencial ou virtual) não influencia na receptividade da parte ao acordo. O que influencia muito nesse sentido é a cortesia e habilidade do conciliador”, considerou. Ele afirmou também que esse “é o grande diferencial do Cejusc-Goiânia, o altíssimo grau de comprometimento e de capacidade de seus conciliadores”.

Para o magistrado, nas teleaudiências as tratativas prévias são mais frequentes, mas, na essência, as negociações durante as audiências não são diferentes. “Como diz o dito popular ‘é conversando que se entende’, essa é e sempre será a tônica de todo processo de negociação”, disse Eduardo Thon.

A diretora do Cejusc de Goiânia, Leila Barbosa, afirmou que foi uma surpresa positiva a quantidade de advogados e empresas que concordaram com a realização da audiência online e também com a quantidade de acordos homologados. “A colaboração dos advogados é essencial para a realização do nosso trabalho”, afirmou.

Conforme os dados fornecidos pelo centro de conciliação, o índice de acordos foi de 55,12% nas audiências realizadas. Uma porcentagem acima daquela obtida durante as audiências feitas no Fórum Trabalhista de Goiânia no mesmo período no ano passado.

Para a advogada Ana Manoela Caixeta, a audiência telepresencial é tão dinâmica quanto a presencial. Ela elogiou a escolha do TRT-18 pela plataforma Google Meets. “As audiências telepresenciais são mais dinâmicas e otimizam o tempo das partes. Além disso, por ser online, as pessoas estão mais disponíveis para celebrar acordos”, afirmou.

O advogado Rafael Lara também entende que a audiência de conciliação telepresencial é mais prática, por evitar o deslocamento das partes e dos advogados até o Fórum trabalhista. Ele acha que essa modalidade de audiência pode ser adotada como regra, ao contrário das audiências de instrução. “Não vejo muito sentido, os advogados e as partes terem que se deslocar até o Fórum trabalhista para esperarem no Cejusc ou na própria Vara para, às vezes, saírem de lá sem uma conciliação. Acho que é uma mudança que chega para ficar’, disse.

Plataforma

As audiências são realizadas através da plataforma Google Meets. Agendada a videoconferência, as partes e advogados recebem o convite do conciliador por meio de seu e-mail ou whatsapp. Para a participação na sessão, é necessário um computador/notebook, com câmera e microfone, ou smartphone com aplicativo Google Meet.

Na data e horário designados, as partes, seus advogados, o juiz e o servidor/conciliador, deverão acessar o link enviado para início da sessão. Quer saber mais sobre como funciona? Clique aqui

A conciliadora Thainá Arruda ressaltou a importância da elevada adesão das partes e advogados nas audiências virtuais. “A facilidade na operacionalização da ferramenta Google Meet permite que os procedimentos desenvolvidos presencialmente possam ser replicados no ambiente virtual. Isso pode ser constatado através da grande quantidade de acordos que estão sendo celebrados nas audiências virtuais” disse.

Cristina Carneiro
Setor de Imprensa/TRT-18

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