Número de acidentes de trabalho com morte em Goiás aumentou 14% em 2018

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As últimas estatísticas em Goiás, infelizmente, nos dão motivos para reflexões no Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho, comemorado em 28 de abril. O número de trabalhadores que morreram em acidentes de trabalho no estado aumentou 14% em 2018. Em 2017, 82 trabalhadores foram trabalhar e não voltaram para suas casas com vida; já no ano passado esse número aumentou para 94. É o que aponta o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, ferramenta desenvolvida e mantida pelo Ministério Público do Trabalho em parceria com a Organização Internacional do Trabalho.

Ao se compararem esses dados com os anos anteriores, no entanto, percebe-se que o número de acidentes com morte vinha apresentando redução. Em 2012, quando os dados passaram a ser contabilizados pelo Observatório Digital, foram registrados 122 acidentes de trabalho fatais no estado de Goiás e 2.561 em todo o Brasil, tendo passado para 94 e 2156, respectivamente, no ano de 2018.

Os principais grupos de agentes causadores de acidentes de trabalho são máquinas e equipamentos (15%), agente químico (14%), queda do mesmo nível (13%) e veículos de transporte (12,5%). Ainda conforme dados do Observatório, as ocupações em que mais ocorrem acidentes de trabalho são as relacionadas a linhas de produção, técnicos de enfermagem, serventes de obras e motoristas de caminhão. Os dados ainda revelaram que a maioria das vítimas de acidente de trabalho são homens, representando 75% dos casos.

Afastamentos

Quanto às despesas com afastamentos decorrentes de auxílio-doença acidentário no estado de Goiás, esses gastos diminuíram, passando de R$ 44 milhões em 2017 para R$ 32 milhões em 2018, um decréscimo de 37%. Também o número de trabalhadores afastados de suas atividades pelo auxílio-doença acidentário teve uma ligeira queda de 4%, passando de 6.436 em 2017 para 6.197 em 2018. O Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho coleta essas informações de bancos de dados de órgãos públicos, tais como a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Sistema Único de Informações de Benefícios da Previdência Social, Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (IBGE), dentre outros.

Acidentes mais comuns

Em Goiás, os setores econômicos que mais fazem comunicações de acidentes de trabalho são os de atividades de atendimento hospitalar, fabricação de álcool e de açúcar, abate de animais e construção civil, sendo as lesões mais frequentes as fraturas de punho, mãos, pernas e pés. As cidades goianas com maior recorrência de acidentes de trabalho em 2018 foram a capital Goiânia (4.346), seguida por Aparecida de Goiânia (1068), Anápolis (1352), Rio Verde (559) e Luziânia (154).

Trabalho Seguro

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região participa do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, regulamentado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, CSJT. Por meio do programa, coordenado regionalmente pelo desembargador Welington Peixoto, são realizados vários projetos, diversos deles em parceria com o Ministério Público do Trabalho em Goiás, que visam conscientizar trabalhadores e empregadores quanto à prevenção de acidentes, a exemplo de campanhas em grandes empresas para uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs), o “Café Seguro”. Além disso, são realizados seminários anuais com trabalhadores, empresários e especialistas sobre saúde e segurança no trabalho.

O presidente do TRT18, desembargador Paulo Pimenta, afirmou na abertura da campanha Abril Verde, que a responsabilidade da diminuição desse grande número de acidentes de trabalho é de toda a sociedade. “Muitas vezes nós encontramos resistência do próprio trabalhador, pelo incômodo que é utilizar máscaras, luvas, cintos de segurança. Por isso há uma tentação muito grande de abandonar os EPIs. Mas é nesse minuto que o acidente acontece”, alertou. “É muito triste que uma pessoa vá ao lugar que é o seu meio de ganhar a vida e lá receba a morte”, reconheceu.

Confira aqui a matéria com a última edição do Café Seguro.

Lídia Neves
Setor de Imprensa

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