O Tribunal Pleno do TRT de Goiás referendou nesta sexta-feira (3/8) o ato de posse das
desembargadoras Silene Coelho e Rosa Nair Reis em solenidade realizada às 17h30 no auditório do Fórum Trabalhista de Goiânia. Na ocasião, as magistradas renovaram o compromisso da posse administrativa no cargo de desembargador federal do trabalho ocorrida no último dia 9 de maio. A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades, magistrados, servidores e familiares das empossandas. Durante a solenidade de posse as duas magistradas foram agraciadas com a Comenda da Ordem Anhanguera do Mérito Judiciário, no grau Gran Cruz
A desembargadora empossada Rosa Nair Reis falou de sua satisfação em dividir o momento com a desembargadora Silene Coelho. Ela fez questão de registrar os agradecimentos aos que a apoiaram durante sua trajetória profissional. “Confesso que não foi nada fácil trilhar o caminho que me trouxe até aqui. Mas, nessa trajetória, sempre pude contar com a bênção de Deus e o apoio inestimável de minha família e amigos, de meus queridos colegas de magistratura, de servidores competentes e comprometidos deste Regional, com os quais sempre trabalhei, tendo superado inúmeros e variados obstáculos”.
A desembargadora também afirmou que integrar o Tribunal Pleno é uma grande satisfação e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade. “Tendo alcançado êxito para, afinal, tomar posse, a emoção é grande. A responsabilidade, porém, é maior, uma vez que este Tribunal ocupa um lugar de destaque no cenário nacional – referência da boa e eficaz entrega da prestação jurisdicional – fruto do empenho e do trabalho de todos nós, que, aglutinando experiências e vivências – somando conhecimentos – buscamos sempre emprestar o nosso melhor à sociedade”, concluiu.
Por sua vez, a desembargadora Silene Coelho mencionou os 32 anos de carreira pública e que o momento representa o coroamento de tantos anos dedicados ao serviço público. Ela disse que espera, com o novo cargo, corresponder aos mais altos princípios de justiça, sempre com retidão, ética, probidade e coragem e que a justiça resulta de uma disposição, de uma busca, um desejo de fazer um julgamento correto. “Nesse sentido, ela é universal e pertence a todos”. Em seguida, falou da profunda desigualdade que se agrava no país que e da necessidade da busca pela justiça social. “Não podemos julgar como se essa realidade estivesse à margem do nosso cotidiano”, concluiu.
A desembargadora Iara Rios fez a saudação às duas empossadas. Ela destacou o acontecimento “inédito e paradigmático” que é a presença da mulher no cenário jurídico-político e mencionou o esforço pessoal e a experiência profissional das duas novas desembargadoras que há 25 anos atuam na magistratura. “Tenho convicção de que os julgamentos, dentro dessa nova diversidade de perspectivas e experiências, trarão maior probabilidade de alcançarmos o ideal de justiça”, observou.
O advogado Rafael Lara Martins, conselheiro seccional da OAB-Goiás, discursou em nome da entidade e ressaltou que a advocacia sempre busca por mudança e que a chegada de novos integrantes é bem-vinda. Para Martins, os juízes são orientadores da advocacia na pacificação das relações sociais. Ele ressaltou, por fim, a ótima parceria entre o Tribunal e a OAB na busca de uma prestação de serviço célere e de qualidade.
O procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho em Goiás, Tiago Ranieri, destacou a ocupação de espaço pelas duas mulheres dentro do judiciário brasileiro. “Uma ocupação desse porte deve ser comemorada por todos nós”, enfatizou ao citar números da desigualdade de gênero nas instituições públicas no país. Ranieri afirmou que a igualdade de gênero é um dos indicadores do desenvolvimento sustentável e é um dos objetivos das Nações Unidas. “A posse de duas magistradas no Tribunal hoje é um símbolo importante para a história de luta da igualdade de gênero”, concluiu o procurador.
O presidente da Amatra18, juiz Cleber Sales, mencionou a elevadíssima carga de responsabilidade das ora empossadas, durante a carreira na magistratura de primeiro grau e agora como desembargadoras. “Estão absolutamente preparadas para enfrentar esse desafio e o farão com transparência, qualidade e legalidade”, disse. Ele mencionou o empenho da associação e do Tribunal na luta pelo preenchimento das vagas no segundo grau que começou ainda em 2015. “Em tempos de manifestos ataques ao Poder Judiciário e à magistratura, cada passo rumo à concretização e valorização da nossa carreira deve ser destacado e festejado, daí a nossa alegria neste momento”, assinalou.
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Fabíola Villela – Setor de Imprensa/CCS
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