Sindicato não consegue conciliação com o Vila Nova para pagamento dos salários atrasados dos jogadores do clube

Facebooktwitteryoutubeinstagram
Clube Vila Nova se recusou a fazer conciliação com o Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás em audiência inicial

Clube Vila Nova se recusou a fazer conciliação com o Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás em audiência inicial

O Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás não conseguiu conciliação com o Vila Nova Futebol Clube para pagamento dos salários dos jogadores do clube, atrasados desde o mês de abril deste ano. A audiência, de conciliação, foi realizada na manhã desta terça-feira, 5/11, no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, no 2º andar do Fórum Trabalhista de Goiânia.

O advogado do clube, Paulo Roberto Cardoso, alegou ilegitimidade do sindicato nesse processo, pelo fato de não constar os nomes dos jogadores nos autos e porque, segundo ele, o direito de salário e imagem dos atletas são personalíssimos. Ele ainda solicitou prazo de 48 horas para juntar aos autos os comprovantes dos pagamentos de salários e imagem dos jogadores, mas o requerimento foi contestado a pedido da advogada do Sindicato, Arlete Mesquita, que sustentou que a juntada de novos documentos deveria ocorrer com a defesa.

Ainda durante a audiência, a advogada do Sindicato, Arlete Mesquita, solicitou nova audiência de conciliação, dessa vez com a presença do presidente e do tesoureiro do Vila Nova, para facilitar o acordo judicial. Entretanto, o juiz que conduziu a audiência, João Rodrigues Pereira, negou o pedido, para que haja mais celeridade no processo. Contudo o magistrado sugeriu que o presidente e o tesoureiro do clube compareçam na próxima audiência, que será de instrução, se possível com uma proposta de acordo.

Bloqueio de renda dos próximos jogos
O Sindicato requereu o bloqueio da renda dos últimos três jogos do Vila Nova, da bilheteria do estádio Serra Dourada e da cota parte que é vendida na sede do clube, para que seja feito o pagamento dos salários dos jogadores referentes aos meses de abril a setembro. O Clube, por sua vez, solicitou que o bloqueio pretendido seja limitado a um terço dessa renda, conforme Jurisprudência do TRT. O pedido ainda será analisado.

Em entrevista à TV Brasil Central, logo após a audiência, a advogada do Sindicato, Arlete Mesquita, fez um apelo aos torcedores do Vila Nova para que compareçam nos próximos jogos, ainda que o time não esteja em um bom momento profissional, para que haja verba suficiente para pagar os salários dos jogadores. Ela também informou que os jogadores que estão com mais de três meses de salários atrasados podem requerer rescisão indireta do contrato de trabalho caso queiram, mas que a expectativa é que os dirigentes do clube sentem na mesa com o sindicato e negociem com os atletas, “que precisam dos seus salários para sobreviver e para entrar no campo e fazer um bom futebol”.

Além dos advogados das partes, compareceram à audiência o presidente do Sindicato dos atletas profissionais, Marçal Filho, e o preposto do Vila Nova, Hermógenes Neto. A audiência de instrução ficou marcada para a próxima terça-feira, 11/9, às 9 horas, na 16ª Vara do Trabalho de Goiânia.

Lídia Neves
Núcleo de Comunicação Social
Facebooktwitter

Ficou em dúvida quanto ao significado de algum termo jurídico usado nessa matéria?
Consulte o glossário jurídico: www.trt18.jus.br/portal/noticias/imprensa/glossario-juridico/
Esta matéria tem cunho meramente informativo, sem caráter oficial.
Permitida a reprodução mediante citação da fonte.
Coordenadoria de Comunicação Social
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região
comunicacao@trt18.jus.br

Esta entrada foi publicada em Notícias e marcada com a tag , , , . Adicione o link permanenteaos seus favoritos.

Os comentários estão encerrados.