Rio Verde recebe a 1ª Edição do projeto Escola Judicial Itinerante
Tornar os cursos presenciais da Escola Judicial acessíveis a todos os magistrados e servidores lotados no interior do Estado e, dessa forma, democratizar o processo de ensino no âmbito do TRT da 18ª Região é o objetivo do projeto Escola Judicial Itinerante, que realiza a sua primeira edição em Rio Verde até amanhã (21/6). São três dias de cursos para atender os magistrados e servidores da microrregião do sudoeste goiano que integra sete varas do trabalho e 112 pessoas. O evento acontece no Hotel Infinity em Rio Verde, Goiás.
Na abertura do evento, na manhã de terça-feira (19/6), o desembargador Elvecio Moura, diretor da EJ, falou da idealização do projeto, que partiu da juíza Wanda Lúcia Ramos, coordenadora pedagógica da Escola. “A iniciativa demandou muito cuidado, organização e logística até que pudéssemos chegar aqui, para este que é o maior público fora da capital”, ressaltou o magistrado, que também foi pioneiro, há 10 anos, na criação do programa Justiça Itinerante quando foi presidente do Tribunal.
“Descobrimos o quanto é importante abrirmos a visão para outros horizontes porque nós juízes e servidores estamos lidando diuturnamente com pessoas e essa formação nos traz a possibilidade de vivermos e trabalharmos com menos estresse”, destacou o magistrado ao falar da palestra sobre “Comunicação não violenta”.
A juíza Wanda Lúcia Ramos, que também acompanha o evento de perto, afirmou que o formato do projeto é inédito no Brasil e ousado porque traz aulas numa perspectiva multidisciplinar. Além de palestras relativas ao direito e processo do trabalho, os participantes vão realizar minicursos sobre teoria do conflito, técnicas de conciliação e sobre comunicação não violenta. “É uma linguagem diferenciada que tem sido muito requisitada nos tribunais que é, dizendo de outra forma, comunicação assertiva, que ajuda tanto no relacionamento com a equipe, como nas audiências com as partes, advogados e até nas nossas relações com familiares”, assinalou.
A magistrada reforçou o objetivo da Escola que é o de tornar um espaço onde as pessoas se sentem aglutinadas num interesse comum, criando identidade local. “A ideia é que as pessoas se aproximem entre si e com o Tribunal, criando um sentimento de pertencimento, e sendo formados para prestar um serviço de qualidade”, destacou.
Além disso, comentou que é muito mais barato trazer os cursos para o interior, com a mesma qualidade, do que deslocar tantos profissionais para a capital.
O juiz Cleber Sales, presidente da Amatra18, abordou o primeiro tema do encontro sobre os principais aspectos processuais da reforma trabalhista. “Tentei explorar aspectos bem práticos e que têm afetado o dia a dia da atividade de servidores e magistrados e advogados que atuam na Justiça do Trabalho, como prazos, a figura do preposto, revelia, confissão, inversão do ônus da prova e cálculos básicos na JT”. Segundo o magistrado, o projeto da Escola Judicial Itinerante é fundamental. “Ele alia dois fatores: a distância física propriamente dita, que é eliminada com a vinda da EJ até o interior, e também a própria sensação de pertencimento das equipes que nem sempre têm condições de se dirigir até a capital em todos os cursos que são oferecidos na sede do Tribunal”, concluiu.
Robson Marques, da VT de Quirinópolis, disse que é a primeira vez que participa de um curso presencial na Escola. “O projeto é bem interessante porque facilita pela proximidade e nos ajuda no dia a dia a atender melhor o nosso jurisdicionado. E nada melhor que fazer uma pausa para ouvir especialistas no assunto”, assinalou.
Já Michelle Medina, lotada na 4ª Vara do Trabalho de Rio Verde, também gostou da iniciativa. “Estar em nosso ambiente acaba sendo bem mais fácil e produtivo. A aplicação dos novos conhecimentos é imediata no dia a dia”, concluiu.
Depois de Rio Verde, a Escola Judicial Itinerante pretende passar por mais outros quatro municípios goianos. Ao todo, foram estabelecidos 5 polos educacionais que vão contemplar todas as regiões do Estado. A estimativa é capacitar cerca de 350 servidores e magistrados que estão lotados nas Varas do interior de Goiás.
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Fabíola Villela
Setor de Imprensa/CCS
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