Projeto de História Oral entrevista Desembargador Elvecio Moura dos Santos

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IMG_83188A Escola Judicial, por meio do Centro de memória, entrevistou mais um personagem da história do TRT. O desembargador Elvecio Moura dos Santos conversou com Ariony Chaves de Castro, chefe do Centro de Memória, no dia 20/05.

Filho de tocantinenses, natural de Ponte Alta do Tocantins, hoje conhecida como Portal do Jalapão, nascido aos 27 de fevereiro de 1954 é o terceiro de uma família de 14 irmãos. Em sua primeira infância foi criado pelos seus avós até os 7 anos, tradição naquele tempo. Iniciou seus estudos aos 9 anos, já na casa de seus pais, estudava e ao mesmo tempo ajudava nos pequenos afazeres e na lida de uma pequena criação de gado.

Em sua segunda infância, sua família mudou-se para a cidade de Palmeirópolis e durante o período escolar ficava nesta pequena cidade. No período das férias ia, juntamente com seus irmãos, para fazenda e ali fazia serviços de peão de gado, capina e colheita de arroz, capina de milho e roçagem de pastos. Aos 16 anos, mudou-se para Paranã. Uma cidade pacata que não oferecia nenhum tipo de ocupação, além dos estudos. Na ânsia de ganhar algum dinheiro, chegou a trabalhar como servente de pedreiro. Trabalhava muito e ganhava muito pouco, um serviço pesado, principalmente porque era menor de idade. Vendo suas mãos calejadas e recebendo um salário irrisório chegou à conclusão que aquele trabalho não o levaria a nada.

Quando terminou seu ciclo de estudos possíveis no interior, Elvecio sentiu a necessidade de mudar-se para uma cidade maior e sua vinda para Goiânia foi uma verdadeira saga. Seu pai achava que não tinha condições de mandar todos os filhos estudarem fora e não queria enviar só um deles. Sua mãe, mulher de visão, certa ocasião, enquanto seu pai estava na fazenda, arrumou as poucas roupas de seu filho e o abençoou na viagem para Goiânia, dizendo-lhe, fique tranquilo, eu converso com seu pai depois.

Chegou em Goiânia em janeiro de 1973. Quando pisou seus pés nesta Capital, logo se encantou e falou pra si mesmo: é aqui que vou morar. Iniciou o Científico no tradicional IMG_8293Liceu de Goiânia, onde fez o exame de seleção e foi aprovado em primeiro lugar. Fez um curso profissionalizante no SENAC e antes de terminar o curso foi indicado para seu primeiro emprego com carteira assinada na Carlos Saraiva. Trabalhou ainda numa empresa de seguros, empresa de vigilância (SEG), na Texaco e por fim, em 1976, mediante rígido processo seletivo, ingressou na Telegoiás, empresa onde fez carreira. Entrou como auxiliar administrativo e por sua dedicação e esforço próprio, foi galgando postos até se tornar Administrador de Empresas, posto mais alto da área administrativa.

Enquanto trabalhava, também dedicava-se aos estudos, Bacharelou-se em Administração de Empresas e Pública (1980), em Ciências Contábeis 1982) e Direito (1985), pela UniAnhangüera. Quando a Telegoiás ofereceu uma única vaga para área jurídica, não pensou duas vezes, inscreveu-se e dos 23 candidatos inscritos, foi aprovado em primeiro lugar. Foi Advogado dos quadros da TELEGOIÁS de novembro/88 a dezembro/93.

Concluída a graduação, Especializou-se em Direito e Processo do Trabalho (1997) depois fez o Mestrado em Direito (2005), ambos pela Universidade Federal de Goiás – UFG.

Sempre obstinado, alimentava o sonho de se tornar Juiz do Trabalho, pois o gosto pelo Direito do Trabalho surgiu mesmo antes de se formar, durante sua passagem pelas empresas em que trabalhou, onde ficou conhecendo as rotinas trabalhistas afetas à folha de salários e aos encargos sociais.

Prestou alguns concursos, para Juiz do Trabalho,sem êxito. Certo dia um colega concurseiro lhe sugeriu que prestasse concurso para Procurador do Trabalho, cargo que até então não sabia da sua existência em Goiás. Se inteirou do cargo e decidiu prestar concurso também para Procurador. Aconteceu de estar sendo aprovado para Procurador e para Juiz na mesma época, mas quando chegou na prova de sentença para Juiz do Trabalho já havia tomado posse como Procurador.

IMG_8252Elvecio considera que a atuação como Administrador de Empresas e como Procurador do Trabalho, cargo este que exerceu com muito gosto e dedicação por quase dez anos, foram experiências que lhe trouxeram grande preparo para o exercício da magistratura, sonho que se concretizou em 1º de agosto/2003, ao se tornar Desembargador Federal do Trabalho do TRT da 18ª Região, onde ocupa vaga do quinto constitucional destinada ao Ministério Público do Trabalho.

Foi ainda, Vice-Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, no biênio de 2005/2007. Presidente do TRT18, no biênio de 2007/2009. Gestor Regional do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho – Programa Trabalho Seguro, no biênio 2011/2013. Presidente da 3ª Turma do TRT da 18ª Região, desde julho/2010. E atualmente é Ouvidor deste Regional no biênio 2015/2017.

Em sua entrevista o Desembargador falou sobre os benefícios que a instalação do TRT18 trouxe aos advogados em Goiás; a relação do MPT com a JT; o fim da representação classista; a definição pelo CNJ e CSJT de metas aos Tribunais; a importância da Formação inicial e continuada para os Magistrados e Servidores; o PJe-JT; a relevância da continuidade administrativa; a difícil missão de ser o Relator de um processo em 2005 em desfavor de um magistrado aqui deste Regional; as 4 metas de sua administração como Presidente desta Corte: a) Modernização das instalações físicas do Tribunal; b) Virtualização dos processos; c) Política fundada na valorização das pessoas; d) Criação de cargos de Desembargadores e servidores.

O Resgate da Memória por meio do Projeto de História Oral não será sentido no presente, mas sim, no futuro. As pessoas que assistirem aos depoimentos, terão a oportunidade de viajar no tempo. Cada um dos entrevistados com suas peculiaridades, mostram sob sua perspectiva o que é o TRT da 18ª Região, qual é a sua história, porque e como chegaram até aqui.

Fonte: Centro de Memória do TRT18

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