Planejamento financeiro é a chave para um futuro tranquilo

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“O primeiro pagamento que você tem de fazer é para você mesmo”, afirmou o consultor Renato Coutinho, durante palestras sobre planejamento financeiro voltadas a magistrados e servidores, realizadas na Escola Judicial por ocasião da 6ª Semana Nacional de Educação Financeira, uma iniciativa do Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), que contempla diversas ações educacionais gratuitas a exemplo das palestras ministradas no Tribunal na última quarta-feira, 22/05.

De acordo com o consultor, o maior problema do brasileiro em relação ao controle financeiro é que geralmente ele deixa para poupar a última linha do fluxo de caixa. “Nós recebemos os valores, pagamos as contas e o que sobra nós poupamos. Como geralmente não sobra, nós não poupamos, sendo que as pessoas deveriam fazer o contrário, primeiro fazer a retirada do investimento”, exemplificou. Ele afirmou também que outra característica do investidor brasileiro é o conservadorismo, cuja preferência ainda é a aplicação em conta poupança.

De acordo com a pesquisa voltada para investigar o perfil do investidor nacional, realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – Anbima e pela Bolsa de Valores B3, a maior parte dos investimentos está na poupança, “em grande parte por desconhecimento”, afirmou Renato. Segundo ele, existe o comportamento natural do ser humano de medo do desconhecido e isso ocorre também na hora de investir. Outra característica é a procrastinação, uma vez que a migração para outro investimento requer estudo e análise das novas possibilidades e isso demanda tempo. Por isso, a mudança de investimento acaba sendo adiada, mesmo quando o investidor está insatisfeito com os resultados. “Já que investigar novas possibilidades ocupa um pouco de tempo, a poupança acaba sendo a opção mais fácil tendo em vista que muitos bancos já fazem automaticamente essa aplicação”, comentou.

De acordo com a Anbima, em 2018, 33% das pessoas conseguiram poupar dinheiro. Desses, 71% porque cortaram gastos e 13% fazendo economia. Do dinheiro economizado, 48% mantiveram os produtos de investimento que já tinham e do que foi para investimento 88% foi para poupança, 6% para previdência privada e 5% foram aplicados em títulos públicos e privados (CDB).

Erro mais comum

Durante a palestra Renato explicou que o erro mais comum cometido na hora de fazer o planejamento financeiro é buscar se aconselhar com pessoas com pouco conhecimento ou com objetivo de vida diferente. “Não é porque o investimento é bom para o meu colega que ele será bom para mim”, comentou. Na hora de investir as pessoas se aconselham com amigos e parentes (cerca de 33% dos casos) ou com o próprio gerente de banco (42% das situações). “Em geral, essas pessoas não perguntam quais são nossos objetivos e para que vamos usar o dinheiro, então acabamos entrando num investimento que não tem nenhuma relação com o que precisávamos”, afirmou.

De acordo com Renato, o investimento deve nascer de um objetivo, de um sonho de um propósito para aquele dinheiro. Se o objetivo for de curto prazo, ele deve optar por aplicações de curto prazo com menos risco. Por outro lado, se o objetivo for de longo prazo, da mesma forma, procurar fazer investimentos de longo prazo, com rentabilidade maior. “Se for visando a aposentadoria será de uma forma, se for visando um curso de especialização no exterior, por exemplo, talvez a melhor opção seja o investimento em fundos cambiais”, exemplificou.

Algumas dicas valiosas:

Compartilhe sonhos – Comente seus sonhos e objetivos com parceiros e a família. Nessa hora é preciso ajustar os objetivos.

Diversifique investimentos, tenha, no mínimo, quatro a cinco investimentos diferentes, é o velho ditado de que não se coloca todos os ovos numa cesta.

Defina objetivos para o seu dinheiro, saber o que se quer com o dinheiro é o primeiro passo para se fazer planejamento financeiro.

Reserve uma parcela de sua renda para investir, lembre-se: o primeiro pagamento que você tem de fazer é para você mesmo.

Reserve um tempo para analisar as opções oferecidas pelo mercado, se for o caso procure a assessoria de um planejador financeiro.

Lembre-se de fazer reserva de emergência, pensar na aposentadoria e poupar para realizar seus sonhos.

Conheça seu perfil de investidor, que vai mudar ao longo da vida; enquanto jovens somos mais arrojados e mais maduros, um pouco mais conservadores.

Cuidado com as ofertas tentadoras, geralmente elas não têm sustentabilidade.

Fonte: Escola Judicial

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