Termina sem acordo audiência de conciliação entre motoristas do transporte coletivo e empresas

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Motoristas do transporte coletivo de Goiânia, que ameaçam entrar em greve, e representantes das empresas de ônibus que atuam no setor não entraram em acordo sobre o reajuste salarial reivindicado pelos trabalhadores e o percentual oferecido pelos empregadores, durante audiência de conciliação em dissídio coletivo de greve na tarde desta segunda-feira (15/8) no auditório do Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Goiás) em Goiânia. A tentativa de acordo foi realizada com o propósito de colocar um fim ao impasse e dar tranquilidade aos usuários do transporte coletivo.

Nas negociações, inicialmente os motoristas defenderam reajuste salarial de 11,08% e 20% nos tíquetes-alimentação, retroativo a março deste ano. O presidente do Sindicato das empresas de transporte coletivo urbano de passageiros de Goiânia (SET), Décio Caetano, reafirmou a posição das empresas que exploram o transporte coletivo na capital – reajuste de 5,5% retroativo a março, contemplando salários e gratificações como o vale-refeição. Diante do impasse, os trabalhadores em transporte apresentaram contraproposta de manter o reajuste de 11,08% e 20% no vale-alimentação, porém retroagindo a julho.

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Desembargador do TRT18 Breno Medeiros presidiu a audiência de conciliação, que teve a presença do representante do MPT, procurador José Marcos Abreu.

Assim, o vice-presidente do TRT18, desembargador Breno Medeiros, que presidiu a audiência, decidiu suspender as negociações até as 14 horas desta terça-feira (16/8), para dar um prazo para que empresas possam analisar o novo pleito dos trabalhadores. Décio Caetano reconheceu que o pedido de reajuste é legítimo, mas justificou que as empresas enfrentam dificuldades financeiras, principalmente em função da crise econômica que o país enfrenta.

O presidente do Sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários no Estado de Goiás (Sindittransporte), Alberto Borges, disse que a categoria está esperançosa de um acordo com o SET amanhã. Ele esclareceu que a greve dos trabalhadores, prevista para começar à zero hora de hoje, vai ficar suspensa até esta terça-feira. Alberto disse ainda que não haverá, por parte dos motoristas, nenhuma atitude que contrarie decisão liminar da Justiça do Trabalho concedida pelo desembargador Breno Medeiros no último fim de semana.

A liminar determinou que o Sindicato dos trabalhadores mantenha a frota mínima de 70% nos horários de pico e 50% nos horários entrepicos e que não realize manifestações ou atos violadores dos direitos fundamentais, como “operações tartaruga” e interrupção de itinerários. A desobediência dos motoristas à decisão acarreta multa de R$ 50 mil diários.

Wendel Franco
Seção de Imprensa – DCSC

Número do processo de dissídio coletivo de greve: 0010476-18.2016.5.18.0000

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