Projeto História Oral entrevista os desembargadores Octávio Maldonado e Sebastião Paiva

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Desembargador Octávio Maldonado  fala sobre a história do TRT

O Projeto História Oral do TRT Goiás chegou a Minas Gerais. Os entrevistados foram os desembargadores aposentados Octávio José de Magalhães Drummond Maldonado e Sebastião Renato de Paiva.

A chefe do Centro de Memória, Ariony Castro, na entrevista ao desembargador Sebastião Renato

O projeto, desenvolvido pela Escola Judicial por meio do Centro de Memória, tem o objetivo de registrar a história da Justiça do Trabalho em Goiás por meio de depoimentos de seus personagens principais.

Os desembargadores foram entrevistados pela chefe do Centro de Memória do TRT, Ariony Chaves de Castro, nos dias 15 e 16 de setembro, na cidade de Belo Horizonte/MG, onde residem atualmente.

 

Octávio Maldonado
Octávio Maldonado foi o instalador do TRT da 18ª Região, em 1990. Na ocasião das primeiras eleições para a Presidência do Tribunal, ele declinou do cargo em benefício do desembargador Luiz Francisco Guedes de Amorim, por entender que o cargo deveria ser preenchido por uma pessoa natural do Estado de Goiás.

Desembargador Octávio Maldonado

Desembargador Octávio Maldonado

Em seu depoimento, Maldonado falou sobre sua origem em uma família de seis irmãos, sua formação educacional e sua vocação para a magistratura que se deu por influência de seu pai, um juiz no Estado do Rio de Janeiro que se aposentou como desembargador.

O magistrado Octávio Maldonado iniciou sua trajetória na Justiça do Trabalho como servidor do TRT da 3ª Região, atuando por 9 anos e meio, onde assumiu as funções de sub-diretor, diretor judiciário e assessor de juiz. Em 1972 foi aprovado em concurso para juiz substituto, sendo nomeado em 1973.

O desembargador Octávio lembrou das dificuldades enfrentadas no início da instalação da 18ª Região, como as atividades que ficaram prejudicadas em função da inexperiência administrativa e também pela falta de pessoal para o funcionamento básico, como por exemplo: telefonia e transporte.

Questionando sobre o crescimento do Tribunal, se esperava que se tornasse um dos melhores do país e modelos para outros, ele disse que não esperava que chegasse a tal ponto tão rapidamente, mas acreditava, “porque o pessoal é muito bom, quase todos submetidos a concurso por nós. E os concursos foram muito duros, fizemos questão de apertar bastante”, explicou.

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Desembargador Sebastião Renato de Paiva

Sebastião Renato de Paiva
O desembargador Sebastião Paiva também falou sobre sua origem familiar, formação educacional e profissional. Disse que desde a adolescência aspirava ser magistrado. Seu pai era amigo do juiz Olavo Pimentel Duarte, juiz da Comarca de Três Corações. Sebastião contou que seu pai comumente se encontrava com o amigo magistrado na praça da cidade e ficavam ali conversando. O pequeno Sebastião sempre observava as conversas e achava o juiz Olavo uma figura extraordinária, e assim nasceu o desejo de ser magistrado.

Quando fez sua inscrição na OAB, disse: “Sou Bacharel em Direito no exercício temporário da advocacia, apesar de achar a advocacia uma profissão belíssima, que defende a vida, a verdade, a honra e o patrimônio das pessoas.” Seu projeto era a magistratura e seus estudos foram dirigidos para isso. Ele foi aprovado no concurso de juiz substituto do TRT da 3ª Região, em 1972, e nomeado em 1973. Ele foi o quarto presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região.

O desembargador aposentado falou sobre a Justiça do Trabalho, democracia, conciliação, CLT e Getúlio Vargas. Ele reiterou o orgulho de ter sido juiz do TRT Goiás e se diz um amante da capital goiana.

Perguntado sobre os conselhos que daria a um juiz que está iniciando a carreira ele respondeu: “Primeira condição para exercer o cargo de juiz: tem que ter vocação para a magistratura. Sem vocação a magistratura se torna um fardo pesadíssimo. Ser juiz pensando exclusivamente no valor do subsídio é um desastre. O juiz deve julgar única e exclusivamente com a lei e com a sua consciência. Acho que o magistrado, com respeito que merece as instâncias superiores, não deve julgar preocupado se a sentença vai ser confirmada ou reformada, isso não problema é dele”, enfatizou.

Lídia Neves – Núcleo de Comunicação Social
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