Projeto de História Oral entrevista desembargador Eugênio José Cesário Rosa

Desembargador Eugênio José Cesário Rosa

Em prosseguimento ao Projeto de História Oral do TRT, a Escola Judicial, por meio do Centro de Memória, entrevistou o desembargador Federal do Trabalho Eugênio José Cesário Rosa. Antes de ser juiz do trabalho, ele atuou no comércio, na educação e fez vários trabalhos voluntários, além de ter sido forte ativista na área ambiental.

Natural de Alvarenga, Minas Gerais, Eugênio é o sétimo de uma família de onze irmãos. Ele contou que em determinado momento da vida no interior, seu pai decidiu deixar Minas para se dedicar à política, por isso migrou com a família para Brasília. Na capital federal, todos os irmãos estudaram, se formaram e se tornaram muito bem estabelecidos.

O desembargador Eugênio iniciou sua vida profissional trabalhando como office boy na presidência da extinta TELEBRAS – Telecomunicações Brasileiras. Logo, ele deixou esse trabalho para morar em Rio Branco (AC), no ano de 1979, a convite de um irmão, para estabelecer um comércio, que acabou se tornando uma grande empresa da família e hoje possui diversas filiais naquele estado.

O desembargador disse que primeiro tentou vestibular para Contabilidade, atividade mais ligada ao comércio, mas não foi aprovado. Em seguida ele passou no curso de Direito da Universidade de Brasília, em 1984. Com a formação jurídica em mãos, ele abraçou as oportunidades que surgiram. Sua primeira aprovação em concurso público foi para auditor do Tribunal de Contas, cargo que tomou posse mas não entrou em exercício, pois preferiu trabalhar como auditor do Ministério da Educação, a convite do governo federal.

No Ministério da Educação, Eugênio fez auditoria em praticamente todas as universidades do Brasil. Na Universidade Federal do Acre (UFAC) ele ocupou cargos de professor visitante e auxiliar, além de assessor especial responsável pelo Controle Interno e procurador-geral. Ainda ligado ao MEC, foi presidente da Comissão Especial de Licitação Internacional e membro e presidente de diversas outras comissões de licitação, além de assessor jurídico especial do Clube de Reitores das Universidades Brasileiras CRUB).

Seu interesse pela magistratura trabalhista surgiu quando advogava para o Governo Federal. Ele foi aprovado em 1º lugar, na fase probatória, no concurso para Juiz do Trabalho Substituto da 11ª Região (Amazonas e Roraima), tendo tomado posse em dezembro de 1991. Dois anos depois, ele decidiu fazer novo concurso para as regiões do Distrito Federal e Goiás. Foi então aprovado para Juiz do Trabalho Substituto da 18ª Região, em 1º lugar na classificação geral, e tomou posse em março de 1993. Na 18ª Região, Eugênio presidiu a Junta de Conciliação e Julgamento de Goiás e a 2ª e 16ª Varas de Goiânia. Tomou posse como Desembargador do TRT de Goiás em 2013.

Eugênio também atuou em diversos trabalhos voluntários com jovens da periferia de Brasília. E, na área do Meio Ambiente, foi advogado do ativista ambiental Chico Mendes, e depois do assassinato daquele líder, foi o instituidor da Fundação Chico Mendes, sediada em Xapuri (AC), tendo atuado desde os estudos prévios, estatuto, ao registro público. Além disso, ele fez parte da comissão que escreveu o Estatuto dos Povos da Floresta, aprovado em 2008 em Rio Branco (AC), e realizou trabalhos voluntários junto à Nação Indígena Javaé, na Ilha do Bananal, Aldeia Barreira Branca.

O Desembargador Eugênio faz questão de salientar a influência de sua formação cristã na sua bem sucedida trajetória profissional, deixando registradas informações valiosas para o Projeto de História Oral.

Fonte: Centro de Memória