Desembargadora Iara Rios é entrevistada para o projeto História Oral

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IMG_0992 (Copy)A Escola Judicial, por meio do Centro de Memória, realizou no dia 14 de julho de 2015, entrevista com a Desembargadora Federal do Trabalho, Iara Teixeira Rios, em continuidade à 2ª fase do Projeto de História Oral do TRT Goiás.

Iara Rios nasceu no dia 18 de junho de 1971, na cidade de Goiânia, Goiás. É a filha caçula de uma professora primária e um Juiz de Direito da cidade de Jussara, local onde morou até os 3 anos de idade. Posteriormente mudou-se para Inhumas, onde também residiu até os 11 anos em função da remoção de seu pai. Iara é casada e mãe de dois filhos.

Com uma família estruturada economicamente e com o apoio de seus pais, pôde dedicar-se exclusivamente aos estudos, não sendo necessário trabalhar durante sua infância e adolescência. Sabia apenas que qualquer conquista seria oriunda de muito estudo. Sempre muito focada e amante da leitura, cresceu vendo seu pai atrás de uma mesa, dedilhando sobre numa máquina de datilografia, trabalhando nos seus processos.

Recorda-se que teve uma infância saudável, cheia de fantasias e alegrias, muitas reuniões de família e o não-compromisso com o relógio da vida. A permissão de poder criar, imaginar e viver descobertas ajudaram a se tornar hoje uma mulher confiante e segura de si. As oportunidades advindas de Deus e a dedicação de seus pais a permitiram exercer hoje um cargo de relevância, que a faz sentir-se realizada além de poder contribuir com a sociedade.

Admirava a profissão de seu pai. Por volta de 16 e 17 anos, se espelhou nele para decidir pela área jurídica. Foi aprovada no vestibular de Direito na Universidade Federal de Goiás, o qual conciliou por 3 anos com o curso de História pela antiga Universidade Católica de Goiás. Teve excelentes professores, entre eles Julpiano Cortez e Luiz Francisco Guedes de Amorim. Aos 22 anos, no quarto ano de Faculdade, foi aprovada numa seleção para estagiária do Ministério Público do Trabalho. Ali trabalhando com o Procurador do Trabalho Edson Braz, se identificou com as atividades que exercia e isso foi determinante para pleitear carreira no MPT.

Embora tenha exercido a advocacia assim que se formou, seu objetivo sempre foi o concurso público para Procuradora do Ministério Público do Trabalho ou a Magistratura. Com esse propósito, estudava em média de 10 a 12 horas por dia. Fez vários concursos, teve êxito em alguns e foi reprovada em outros, mas tudo lhe servia como estímulo para continuar estudando e se dedicando para alcançar seu sonho. Em 1999 foi aprovada para o cargo de Procuradora do Trabalho. No exercício da profissão passou pelas cidades de Campinas-SP, Brasília e, por fim, Goiânia.

Exerceu com êxito a carreira por 15 anos. Movida a desafios, Iara se sentiu motivada a concorrer a vaga do quinto constitucional do Ministério Público. Segundo ela “foi um processo longo, insistiu por cinco anos, foi perseverante e ao final deu certo.” Em 7 julho de 2014, foi nomeada Desembargadora do Trabalho do TRT da 18ª Região pela Presidenta da República Dilma Rousseff. Em 21 de julho do mesmo ano, foi empossada administrativamente no referido cargo.

IMG_1128 (Copy)Iara Rios foi representante da PRT da 18ª Região na Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente – CORDINFÂNCIA; na Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho – CONAFRETE; na Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical – CONALIS; na Procuradoria-Geral do Trabalho durante a elaboração do Planejamento Estratégico do Ministério Público do Trabalho e, ainda, membro suplente da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio-Ambiente do Trabalho – CODEMAT.

Como Representante da CORDINFÂNCIA, acredita que houve avanços e melhorias. Um exemplo é a criação do PETI, um programa assistencial de erradicação do trabalho infantil. Segundo ela, a questão depende de políticas públicas, da conscientização dos governantes, da sociedade e dos pais. Como estes necessitam trabalhar, a solução seria a escola em tempo integral da educação infantil até o Ensino Médio. Com uma educação de qualidade, a criança estaria envolvida com as atividades escolares e físicas. Aprenderia outros valores. Seria também uma forma de reduzir a criminalidade.

Comparando as diferenças entre o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho, Iara Rios diz: O MPT instaura inquéritos, ajuíza ações, recebe denúncias, traça metas, participa de ações e diligências. Mas é a Justiça do Trabalho que oferece a resposta à sociedade com suas decisões. Considera ainda a relação de ambos muito boa. Os Tribunais Regionais do Trabalho sempre reconheceram a importância da atuação do Ministério Público do Trabalho na defesa dos interesses coletivos e de sua prestação jurisdicional.

“Quando Procuradora sempre via o TRT 18 como um Tribunal progressista. Sempre oferecendo a resposta necessária ao trabalhador e à sociedade. É uma justiça célere, acessível, efetiva e muito respeitada. Reconhecido por sua grandeza, por sua excelência nos julgamentos. Sempre esteve entre os melhores Tribunais do Trabalho do país. É estruturado, administrado por desembargadores e servidores muito competentes e comprometidos. Foi também por essas razões que concorri ao quinto constitucional” disse ela.

Texto: Renata Rabello/Centro de Memória

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