Campanha trabalho seguro no trânsito: Paulo Roberto, caminhoneiro

Glossário Jurídico

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Na terceira e última reportagem sobre o Trabalho Seguro, voltada para o setor de transporte, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região apresenta a história de Paulo Roberto, caminhoneiro da empresa Transbrasiliana. Para conferir as outras duas reportagens clique aqui e aqui.

Pela longa estrada da vida, Paulo Roberto Borges coleciona histórias, experiências, sensações, lugares e, principalmente, quilômetros rodados pelo Brasil e América do Sul. Em sua primeira e única profissão até hoje, ele conhece bem os perigos da rodovia e tem orgulho de sua conduta como caminhoneiro.

Paulo vai correndo sem poder parar. Não no volante, mas na hora de fazer o café em sua cozinha anexada na lateral da carreta que exibe com orgulho. Quando está guiando cumpre todas as normas e regulamentações do trânsito e de sua profissão, que muitas vezes fica marcada pela negligência de trabalhadores que não respeitam, por exemplo, as horas de sono.

Paulo não corre nas estradas e para regularmente às 18 horas todos os dias. “Trabalho em média 8 horas por dia e somente na luz do dia”, comenta. Ao longo da jornada, faz pausas de três em três horas de 30 a 40 minutos para descansar e preparar mais uma refeição.

Já são 35 anos na boleia do caminhão. Nesse tempo ele guarda boas lembranças e diz que prefere esquecer as tristes, como acidentes que já presenciou na estrada, para não se abalar. Paulo comenta que tomou gosto pelo ofício vendo o seu pai trabalhar no mesmo ramo. Logo aos 18 anos ingressou na carreira e não parou mais. É importante salientar que essa prática precoce atualmente não é possível, uma vez que para estar habilitado para dirigir caminhões é preciso da CNH da categoria “E”, que exige certo tempo de experiência e ter passado por categorias inferiores de CNH, fazendo com que o motorista tenha que ter, na melhor das hipóteses, no mínimo 21 anos.

Esse tipo de norma de segurança é do agrado de Paulo, que comenta que, infelizmente, é comum ver imprudência por parte de outros caminhoneiros. “Vejo caminhões fazerem ultrapassagens perigosas e abusarem da velocidade ao lado de carros de passeio e penso ‘gente, pra que isso?’”. Para Paulo, o motorista do caminhão precisa de experiência, consciência e tranquilidade porque o importante é chegar bem ao destino. Nas folgas, prioriza a paz e o descanso para manter a mente e corpo sãos. Além disso, busca fazer todas as suas atividades a pé em boas caminhadas.

Natural do tradicional bairro goianiense de Campinas, Paulo Roberto se mudou ainda novo para o Rio de Janeiro, onde se casou com uma carioca e teve dois filhos. Porém, não se esquecendo das origens, convenceu e trouxe a família para viver em Goiânia. Nos anos de profissão já rodou praticamente por todos os estados brasileiros, com experiência bastante no norte e nordeste, em estados como Acre, Roraima, Amazonas e Maranhão. Também já ultrapassou as fronteiras do Mercosul, e não se esquece de viagens marcantes pela Argentina e Chile.

Das estradas o que mais leva consigo são as belas paisagens do Brasil, entre fazendas e matas naturais. É tão admirador da natureza que faz paradas para tirar fotos e guardar de recordação. Faz, também, a sua parte para manter o que é belo no lugar em uma contagiante consciência ambiental. Nesse ponto, Paulo condena a atitude rotineira nas estradas: “é comum ver motoristas jogarem resto de comida, cigarro, papel e garrafas pela janela sem nenhum dó. Muitas vezes largam pneus ao longo das estradas o que, além de poluir, pode causar acidentes, o que é muita irresponsabilidade”, reconhece.

Muita paixão pela estrada e pelo o Brasil tornou Paulo Roberto um exemplo em sua empresa por sua dedicação e responsabilidade no respeito às normas de segurança. Por mais que nutra um enorme amor pelo ofício que herdou do pai e a estrada ser seu segundo lar, a maior alegria dele é chegar bem na sua verdadeira casa e se encontrar com sua família. Muito mais que o caminhão, Paulo dirige a própria vida com segurança.

Anderson Rafael Reis
Estagiário – Núcleo de Comunicação Social
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