Mostra de Clarice Lispector marca homenagem do TRT ao Dia da Mulher

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clarice_lispector_6_1200x1200 Uma mostra da escritora e poetiza Clarice Lispector será aberta nesta terça, 11/3, às 8h30, no primeiro piso do Fórum Trabalhista de Goiânia. O evento marca a homenagem do TRT de Goiás ao Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, serão homenageadas 29 mulheres cidadãs e profissionais do próprio Tribunal e da sociedade goiana. Entre as homenageadas estão a primeira-dama do Estado, Valéria Perillo, presidente da OVG, a deputada federal Flávia Moraes, além das desembargadoras Elza Silveira, presidente do TRT, e Kathia Albuquerque.

A mostra

Que tal uma oportunidade de mudar o seu olhar diante do universo? Eis o instigante convite que nos faz a literatura de Clarice Lispector. A mostra será composta de frases, poemas, fotos e das próprias obras da escritora, nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira, autora, entre outros, de Laços de Família, Aprendendo a viver e A Hora da Estrela.

A exposição ficará aberta até o dia 14. Será oferecido também um ambiente aconchegante para a leitura dos livros de Lispector, uma oportunidade de conhecer um pouco mais da obra da artista, além de inspirar magistrados e servidores a refletirem sobre o importante papel da mulher na sociedade. O evento, que oferece ainda música e um café da manhã, é organizado pelo Núcleo de Cerimonial.

Em parceria a Biblioteca aproveitará o evento para apresentar o projeto de um espaço chamado Clube da Leitura, que será algo semelhante a uma confraria do livro, em que cada participante doa uma obra para ingressar no Clube. Durante o evento será servido um café da manhã.

Ler Clarice é…

Por Teresa Montero

Ler Clarice é viver em permanente estado de paixão.

Ler Clarice exige uma mudança de postura do leitor no modo pelo qual ele se aproxima do texto. É que o texto de Clarice pede uma escuta atenta, uma entrega de quem o lê. Clarice fala de coisas presentes no nosso dia-a-dia, o modo pelo qual reagimos aos acontecimentos mais banais, como andar na rua, olhar-se ao espelho ou conversar com um amigo. Ela nos mostra, também, outras coisas vivenciadas interiormente, aqueles momentos sem palavras dos quais só o nosso coração testemunha. Clarice escreve textos como quem vai desvelando a realidade, sondando os gestos, os olhares; tudo tão sutilmente que quando o leitor se dá conta vê-se diante de um instante mágico, especial, ao reconhecer a sua vida, a si mesmo, através daquelas palavras.

Ler Clarice é uma oportunidade de mudar o seu olhar diante do universo. É estar disponível para se aventurar no seu interior de forma irracional, sem censuras. Deixar-se levar pela imaginação, pela intuição e usá-las como forma de conhecimento.

Ao publicar A paixão segundo G.H., Clarice escreveu uma pequena nota introdutória onde pedia que este livro só fosse lido por pessoas de alma já formada. Isso mostra até que ponto se pode absorver o que o seu texto diz. Ao ler Clarice deve-se estar disposto a aceitar o não entendimento de determinados processos da vida. Clarice dizia: “Suponho que entender não seja uma questão de inteligência, mas uma questão de sentir, de entrar em contato.” Isso faz parte do caminho aberto pelo seu texto. Cada leitor contém a sua bagagem particular de experiências, sensações, acionadas no momento da leitura; Clarice sabe disso e valoriza estas particularidades. Seu texto é um convite permanente ao “viver ultrapassa todo o entendimento” (palavras de Clarice).

Clarice escreveu crônicas, contos, romances, livros infantis, reportagens, páginas femininas, uma peça teatral, enfim, exercitou-se em diferentes registros de textos, mas imprimiu sua marca em todos eles: o texto interroga, faz o natural parecer sobrenatural, imprime um sentido ainda desconhecido por nós.

Viver essa experiência de ser leitor de Clarice é uma aventura no que ela tem de imprevisível, surpreendente, perigoso, ao mesmo tempo é um presente porque quando se está lendo Clarice você se sente especial dentro deste universo criado por ela. Especial porque você consegue se reconhecer como um ser humano cheio de limitações, sujeito às adversidades da vida, ao fracasso, às crises, mas também capaz de trilhar um caminho repleto de descobertas, de sustos, de grandes alegrias, de momentos de êxtase, vertigens, delírios.

Ler Clarice é a possibilidade de viver intensamente o que se é.

Dia da Mulher

É comemorado internacionalmente no dia 08 de março, graças as lutas femininas, onde operárias de uma fábrica começaram a revindicar melhores suas condições de trabalho, em 1857. Entretanto somente no ano de 1910 em uma conferência na Dinamarca, ficou decidido o dia em homenagem as mulheres que morreram na fábrica. Em 1975 através de um decreto a ONU oficializou a data.

No início a intenção não era apenas comemorar a data, a maioria dos países realizavam conferências, debates e reuniões cujo o objetivo era discutir o papel na sociedade atual, estimulando a diminuição do preconceito e a desvalorização da mulher.

Digamos que o avanço foi grande, hoje em dia, apesar do percurso ainda ser extenso, a mulher está sendo vista com outros olhos, suas conquistas estão cada vez mais explícitas e, durante essa luta, várias mulheres conseguiram atravessar barreiras e se tornarem grande ícones. Desde aí então, seu dia passou a ser comemorado de forma aprazível.

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