Líderes religiosos destacam a importância da gratidão em culto ecumênico dos 25 anos do TRT Goiás

Gratidão foi o valor que teve maior destaque na fala dos líderes religiosos que dirigiram o culto ecumênico em comemoração dos 25 anos do TRT de Goiás, na tarde desta segunda-feira, 30/11, no auditório do Fórum Trabalhista de Goiânia. O culto ecumênico foi celebrado por representantes da doutrina espírita, católica e evangélica, o expositor Cauci de Sá Roriz, o padre Valmir Garcia dos Santos e o pastor Antônio Soares de Freitas. Servidores, magistrados, advogados e jurisdicionados prestigiaram a solenidade, que contou com apresentações musicais do Coral Labor em Canto e da  Banda Sinfônica de Goiás.

O presidente do Tribunal, desembargador Aldon Taglialegna, abriu o evento falando do júbilo e orgulho que ele tem, como magistrado do Tribunal há 23 anos, em fazer parte dessa história. Ele relatou que viu o Tribunal crescer e as lutas para chegar ao que é hoje. Ele lembrou que antigamente as sentenças eram rascunhadas à mão e enviadas para o digitador, que utilizava ainda o papel-carbono. Ele destacou que o TRT18 foi o primeiro do Brasil a abandonar o papel, tendo digitalizado os processos antes mesmo da implantação do Processo Judicial Eletrônico, em 2010. “Por tudo que essa instituição tem feito à sociedade, ela realmente merece essa homenagem”, disse. O desembargador também destacou que, apesar de o Tribunal ter ficado abalado com o incêndio que ocorreu no início de outubro, as últimas conquistas do Tribunal, como o sucesso na corridinha infantil e na corrida dos adultos, além da consciência de dever cumprido em prestar um bom serviço à sociedade, dão forças para renascer das cinzas.

O representante da doutrina espírita, ex-servidor do TRT de Goiás, citou a passagem bíblica de São Mateus 5:20, em que Jesus disse: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis ao reino dos céus”. Ele ressaltou o papel importante dos escribas e dos fariseus nos tempos antigos, que ocupavam uma posição equivalente ao Supremo Tribunal Federal hoje, e reforçou que a justiça deve ser maior que a deles. Ele também comentou o diálogo do fariseu com Jesus, em que perguntava qual era o maior dos mandamentos, e Jesus citou justamente passagens de Deuteronômio que ele já sabia, “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. “Mas quando um discípulo fez a mesma pergunta a Jesus, Ele respondeu: ‘Amai-vos como eu vos amei’. Não importa se você é um fariseu ou se quer ser um discípulo de Jesus. O que você for fazer tem que ser com amor e o melhor que você pode”, concluiu.

Culto ecumênico: da esquerda para a direita: padre Valmir Garcia dos Santos, pastor Antônio Soares de Freitas eo representante da doutrina espírita Cauci de Sá Roriz

O pastor Antônio Soares, da Igreja Assembleia de Deus, que também é um servidor aposentado, expressou sua gratidão a Deus pela oportunidade que teve de trabalhar no Tribunal e por tudo que ele aprendeu aqui com os colegas de trabalho. Ele citou a passagem bíblica dos 10 leprosos, em que apenas um retornou a Jesus para agradecê-lo pelo milagre da cura. “Gratidão está na vida de poucas pessoas. Deus quer ver gratidão na vida de todos. Não se esqueça dos benefícios que Deus te deu”, disse. Ele afirmou que a instalação da 18ª Região é uma dádiva e que beneficiou muitas pessoas. O padre Valmir Santos, interpretando a mesma passagem bíblica, destacou a fala de Jesus ao leproso: “…A tua fé de salvou”. Ele considerou que todos foram curados, mas a fé do leproso que retornou para agradecer que o salvou. “A gratidão com a fé supera as curas exteriores. Cura o interior, o coração”, resumiu. Ele também citou a oração do rei Salomão, em que ele não foi arrogante, mas pediu a Deus sabedoria para governar o povo com justiça. Ao final rezou em gratidão pelo bom trabalho realizado pelos servidores e magistrados da Justiça do Trabalho goiana.

Também prestigiou o evento, um dos mais antigos advogados de Goiás, Antônio Alves Ferreira, que ajuizou a primeira ação trabalhista em Rio Verde. Ele milita na Justiça do Trabalho há várias décadas, quando as Varas do Trabalho de Goiás ainda eram jurisdicionadas a Minas Gerais. “Estar comemorando os 25 anos do TRT primeiro significa que estou velho. Eu acompanhei de perto essa luta pela implantação da Justiça do Trabalho aqui depois pela instalação do TRT da 18ª Região. Para nós é uma vitória”. O advogado também elogiou a atuação do Tribunal. “Nunca. Nunca. Nunca, nesses mais de 30 anos de advocacia, eu ouvi falar de desvio de conduta de algum servidor na justiça do Trabalho em Goiás”, salientou. A servidora Maria José Vargas, que está no Tribunal desde 1992, falou de sua emoção e alegria em fazer parte do quadro de servidores do TRT18. “Aqui é como se fosse a continuação da minha casa. Eu me sinto muito feliz em estar mais um ano no Tribunal e poder dar a minha contribuição”, comentou.

O coral Labor em Canto emocionou os presentes com apresentação de músicas sacras como “Jesus, muito obrigado” e “O primeiro Natal”. “A Banda Sinfônica de Goiás, sob a regência do maestro Rogério Rosemberg, contagiou os presentes com a apresentação de músicas internacionais de Michael Jackson e Bruno Mars, além de músicas típicas do Estado como “Saudade da minha terra” e “Boate Azul”. A banda também fez uma performance irreverente com a música Gangnam Style, do cantor sul-coreano PSY. O evento terminou com a execução do tradicional “Parabéns” e o corte do bolo especial de 25 anos do Tribunal.

Também estiveram presentes na comemoração dos 25 anos do Tribunal o procurador-geral do Estado, Alexandre Eduardo Felipe Tocantins, representando o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo; os desembargadores Elvecio Moura, Kathia Albuquerque e Gentil Pio; a procuradora-chefe substituta do Ministério Público do Trabalho da 18ª Região, Cirene Batista Ribeiro; o conselheiro seccional da OAB, João Negrão; o presidente da Amatra 18, juiz Luciano Crispim; a presidente da Agatra, Arlete Mesquita; a presidente do IGT, Carla Zanini; o presidente da Asjustego, Carlos Alberto Aquino; o diretor regional do Banco Bradesco, Osmar Sanchez; o gerente regional do Bradesco, Jarbas Dias Batista; o diretor-geral, Ricardo Lucena, o secretário-geral da presidência, Fernando Tormin, e o secretário-geral judiciário Marcos Antunes.

Lídia Neves/Seção de Imprensa/DCSC

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