Edson Braz é entrevistado na segunda fase do Projeto de História Oral do TRT18

Glossário Jurídico

IMG_5426A Escola Judicial, por meio do Centro de Memória, entrevistou o procurador aposentado do Ministério Público do Trabalho, Edson Braz da Silva, no último dia 6 de março, em continuidade à 2ª fase do Projeto de História Oral do Tribunal.

O Projeto propõe o registro da trajetória da Justiça do Trabalho em Goiás desde o ano de 1941, quando foi instalada a Junta de Conciliação e Julgamento de Goiânia, hoje 1ª Vara do Trabalho. Antes a Junta era jurisdicionada à 3ª Região, depois passou à 10ª Região, até a criação e instalação do TRT da 18ª Região em 1990. O projeto investiga a história do Tribunal, expressada por depoimentos de seus “fundadores” (magistrados, procuradores, servidores e advogados), que diretamente foram ou ainda estão envolvidos em seu funcionamento. O trabalho será concluído com a produção de um vídeo-documentário e um livro.

Edson Braz da Silva é filho de paraibanos. Nascido em uma família simples, é o sétimo na ordem de quatorze filhos. Foi criado no subúrbio do Rio de Janeiro e é uma prova de que a origem humilde não é fator impeditivo para quem quer estudar e se tornar um homem bem sucedido.

IMG_5295Ele contou que trabalha desde criança, sempre fazendo algo que lhe rendesse alguns trocados, vendendo balas no trem, picolés na praia, e limpando jardins, dentre outras coisas. Em razão de alguns acontecimentos, por influência de pessoas que passaram em sua vida, quando adolescente já tinha em mente que a única forma de quebrar o ciclo da pobreza que se reproduzia sempre, era estudar para ter o crescimento e a condição social de empregabilidade diferenciada. Em certos momentos as pessoas acharam que ele ia seguir a área da Saúde por ter sido cabo enfermeiro do Exército, ou na área de Engenharia ou construção civil, por já ter trabalhado como apontador de obras.

Edson Braz contou que quando estudava no 4º ano primário uma professora chamada Maria Helena, quando o viu defendendo a turma, o pegou literalmente pela orelha e lhe falou: “Quando você crescer, vai ser um bom advogado, mas por enquanto, quem manda aqui sou eu”. Depois, quando estava na fila do vestibular, essas palavras foram decisivas para marcar como uma das opções, o curso de Direito. Em 1983, Edson formou-se bacharel em Direito pela Faculdade Santa Úrsula-RJ, tendo estudado pelo Crédito Educativo. A partir de então, não parou mais, atuou como advogado autônomo em todos os ramos do Direito e, em especial, nas demandas referentes à família e ao trabalho.

IMG_5271Em dezembro de 1989, Edson Braz ingressou na carreira do Ministério Público do Trabalho, no cargo de Procurador do Trabalho, mediante concurso público de provas e títulos. Ele ficou lotado na Procuradoria Regional do Trabalho da 16ª Região, em São Luiz/MA até março de 1990. O procurador foi removido a pedido para a PRT da 18ª Região, onde foi o instalador desta Procuradoria na manhã do dia 30 de novembro de 1990, mesmo dia da instalação do TRT da 18ª Região, realizada à tarde, para aproveitar as autoridades que se deslocaram de Brasília para os dois eventos.

Na esfera do Ministério Público do Trabalho assumiu os cargos de Procurador, Procurador Regional e Sub-Procurador Geral. Aposentou-se em março de 2013. Todavia, ainda continua na ativa como um conceituado advogado.

Na advocacia é atuante na Justiça Trabalhista, e apesar de elogiar o Tribunal, fez uma crítica à dificuldade que se tem hoje para falar com um juiz. Ele contou que isso é muito estranho comparado com Brasília, em que qualquer advogado consegue falar com um ministro do STF, STJ ou TST, bastando ligar e marcar. “A lei diz que o Juiz tem que ser acessível, atender as partes, tem que saber separar o advogado impertinente que vai atrapalhar e os que vão resolver as coisas. O respeito à liberdade, as prerrogativas do advogado é a essência da democracia e estado de Direito”, concluiu.

Edson Braz também lembrou na entrevista os seus desafios nas funções de procurador do trabalho no Estado de Goiás e a instalação do TRT18, da qual participou. Para ele, a continuidade administrativa, a qualidade, a celeridade e a mente aberta às novidades mais progressistas no sentido de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional são as marcas registradas do TRT de Goiás.

Fonte: Centro de Memória

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